Implantes cerebrais? "O cérebro já está 'hackeado' pelas redes sociais"

"O iPhone é uma preocupação muito maior para mim do que esses implantes cerebrais, aponta Max Hodak, presidente executivo da Science, que esteve em Portugal na Web Summit
Web Summit 2025 terminou na quinta-feira, 13 de novembro, em Lisboa
Web Summit 2025 terminou na quinta-feira, 13 de novembro, em LisboaGerardo Santos
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O fundador e presidente executivo (CEO) da Science, que atua em interfaces cérebro-computador, desvaloriza as preocupações com os implantes cerebrais, argumentando que o cérebro "já está 'hackeado' pelas redes sociais".

Questionado sobre as preocupações que o interface cérebro-computador (BCI, na sigla inglesa) pode gerar para algumas pessoas, Max Hodak, que foi orador na Web Summit deste ano, afirma que os cérebros já estão "hackeados" pelas redes sociais".

A Science é considerada líder em 'Brain Computer Interfaces' (BCI), "focada em viabilizar um futuro mais promissor através da engenharia neural", refere a empresa.

"O iPhone é uma preocupação muito maior para mim do que esses implantes cerebrais, dessa perspetiva", aponta Max Hodak, que anteriormente fez parte da fundação da Neuralink.

O cérebro "é essencialmente um computador", e podem obter-se informações dentro e através do cérebro de inúmeras maneiras, considera.

"Acho que o iPhone é uma tecnologia maluca. Se o deixarem numa outra sala por 10 minutos, longe de onde estão, as pessoas começam a ficar ansiosas" e precisam de o ter de volta, argumenta Max Hodak para explicar a adição atual aos telemóveis.

Este "é um nível de vício absurdo", defende.

"Acho que, só porque a informação entra pelos olhos ou pelos ouvidos, em vez de ser por uma conexão, não é realmente diferente", remata.

jornalista da agência Lusa

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