INE confirma aceleração da taxa de inflação em julho para 2,6%

A taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor avançada pelo INE coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 31 de julho.
INE confirma aceleração da taxa de inflação em julho para 2,6%
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A taxa de inflação homóloga foi de 2,6% em julho, mais 0,2 pontos percentuais do que em junho, confirmou esta terça-feira, 12 de agosto, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) agora avançada pelo INE coincide com o valor da estimativa rápida divulgada pelo instituto em 31 de julho.

Já o indicador de inflação subjacente – que exclui produtos mais voláteis, como alimentos e energia – registou uma variação homóloga de 2,5% em julho, que compara com 2,4% no mês anterior, o que representa uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais face à estimativa inicial.

A variação do índice relativo aos produtos energéticos fixou-se em -1,1% (-1,3% no mês anterior).

Por sua vez, o índice referente aos produtos alimentares não transformados acelerou pelo sexto mês consecutivo, para 6,1% (4,7% em junho), impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de preços da fruta, cujo índice registou uma variação homóloga de 10,0%, superior em 5,7 pontos percentuais à do mês anterior.

Por classes de despesa e face ao mês anterior, o INE destaca os aumentos, em julho, das taxas de variação homóloga dos “restaurantes e hotéis” e dos “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, com variações de 7,5% e 3,8% respetivamente (6,8% e 3,1% em junho).

Em sentido oposto, assinala a diminuição da taxa de variação homóloga da classe do “vestuário e calçado”, com uma variação de -2,0% (-1,0% no mês anterior).

Em julho, nas classes com maiores contributos positivos para a variação homóloga do IPC destacaram-se os “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas” e os “restaurantes e hotéis”.

Em sentido contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a do “vestuário e calçado”.

Comparando com o mês precedente, destacam-se os aumentos das contribuições para a variação homóloga do IPC das classes dos “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas” e dos “restaurantes e hotéis” e, em sentido oposto, a classe do “vestuário e calçado”.

Já na comparação em cadeia, a variação do IPC diminuiu para -0,4% (0,1% no mês precedente e -0,6% em julho de 2024), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi 2,3% (valor idêntico no mês anterior).

Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação entre países europeus, apresentou uma variação homóloga de 2,5%, (2,1% no mês anterior), superior em 0,5 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em junho, esta diferença tinha sido de 0,1 pontos percentuais).

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,4% em julho (2,1% em junho), taxa idêntica à estimada para a área do euro.

A variação mensal do IHPC foi de -0,3% em julho (0,1% no mês anterior e -0,8% em julho de 2024), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi de 2,3% (2,4% no mês precedente).

Volume de negócios nos serviços cresce 3,8% no 2.º trimestre

O índice nominal de volume de negócios nos serviços aumentou 3,8% no segundo trimestre, face ao mesmo período de 2024, o que representa um abrandamento comparativamente à subida homóloga de 4,4% no trimestre anterior, divulgou hoje o INE.

Segundo os dados publicados pelo INE, entre abril e junho, o índice deflacionado, apresentado pela primeira vez pela entidade, aumentou 0,6%, que compara com uma variação de 0,8% no trimestre anterior.

Em junho, o índice de volume de negócios nos serviços registou uma variação homóloga de 3%, traduzindo uma desaceleração de 0,8 pontos percentuais face ao valor observado no mês anterior.

Em termos reais, o índice deflacionado também mostrou uma ligeira desaceleração, passando de uma variação de 0,6% em maio para 0,3% em junho.

A variação mensal do índice nominal fixou-se em -1,3% em junho, face a um crescimento de 1,1% no mês anterior.

O setor dos transportes e armazenagem deu o contributo mais elevado para a variação homóloga do índice global, com 1,6 pontos percentuais, em resultado de um crescimento de 6,1% em junho, após uma variação de 4,8% em maio.

As atividades imobiliárias apresentaram o segundo contributo mais significativo, de 1,2 pontos percentuais, sustentado por um crescimento homólogo de 24,5%, embora tenha desacelerado 5,6 pontos face a maio.

Em junho, os índices de emprego e de remunerações apresentaram variações homólogas de 2,1% e 9,5%, respetivamente, que comparam com 3,5% e 10,4% em maio.

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