A inflação da economia alemã continua acima do teto de referência definido pelo Banco Central Europeu. Aquela instituição, a par dos maiores bancos centrais, coloca o limite máximo em 2%, em termos homólogos. Na Alemanha a subida voltou a atingir 2,3% em novembro, o que significa que correspondeu às expetativas dos mercados e mostrou estabilidade face ao mês anterior (outubro também trouxe subida de 2,3%).Os dados são provisórios e foram divulgados pelo escritório de estatísticas daquele país (Destatis) nesta sexta-feira, 12 de dezembro. "O aumento nos preços dos serviços continua a fazer subir a inflação", assinalou a presidente do Destatis, Ruth Brand. Em contrapartida, "os desenvolvimentos nos preços da energia e produtos alimentares tiveram um efeito de descida na inflação em novembro", sublinhou ainda. É que, excluídos os alimentos e a energia, o índice acelerou 2,7% (desaceleração face aos 2,8% registados em outubro).Os preços da energia ficaram 0,1% abaixo dos registos de há um ano, com as famílias a sentirem um recuo de 1,5% no preço da eletricidade em novembro, face ao observado um ano antes. Ao nível da alimentação, registou-se um acréscimo de 1,2% nos preços. O chocolate subiu de forma particularmente expressiva, na ordem de 19,4%.Variação mensal ficou abaixo das expetativasApesar da manutenção na inflação homóloga, os dados indicam uma descida dos preços em termos mensais, ou seja, face a outubro. Em causa está uma contração de 0,2%, que surpreendeu os mercados, já que estes aguardavam uma subida de 0,3%. Os números indicam descidas sazonais em particular nos bilhetes de avião (-14,2%) e pacotes de férias (-11,5%), ao mesmo tempo que os alimentos mostraram estabilidade, em termos mensais..Alemanha atravessa a crise mais profunda desde a fundação da República Federal.Taxa de desemprego na Alemanha mantém-se em 6,3% em novembro