Inflação acelera em agosto para 2,8% com preço dos alimentos a disparar

A inflação subjacente até abrandou face a julho, ao passo que os preços recuaram na energia. Ainda assim, a aceleração de 7% nos produtos alimentares não transformados colocou o índice total a subir.
Com a inflação a baixar, os consumidores começam a mudar as suas escolhas
Com a inflação a baixar, os consumidores começam a mudar as suas escolhasRodrigo Cabrita / Global Imagens
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O índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 2,8% em agosto, à boleia dos preços praticados nos produtos alimentares não transformados. Nestes últimos, foi registada uma aceleração expressiva, já que os preços subiram 7,0% face a agosto de 2024.

De acordo com os dados divulgados pelo INE nesta quarta-feira, a taxa de inflação subiu 2,8% em agosto, em termos homólogos. Em causa está uma aceleração de 0,2 pontos percentuais (p.p.) em comparação com a observada em julho (subida de 2,6%).

Ao mesmo tempo, a inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) subiu 2,4% (abrandou face aos 2,5% atingidos em julho) e os produtos energéticos recuaram 0,2% (não tanto com o decréscimo de 1,1% no mês anterior). Posto isto, a aceleração do índice total resulta do acréscimo observado nos produtos alimentares não transformados.

É que, nestes últimos, observou-se uma subida de 7,0% nos preços praticados em agosto, por comparação com o mesmo mês de 2024 (acima de 6,1% em julho).

Em termos mensais, porém houve um recuo da inflação, na ordem de 0,2% (queda de 0,4% em julho).

Ao mesmo tempo, no Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (HIPC) houve uma subida homóloga de 2,5% em agosto (tal como no mês precedente). Em causa está um índice que agrega bens considerados essenciais.

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, houve um incremento de 2,3% face a agosto do ano passado.

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