Lufthansa afirma ser “o melhor parceiro para a TAP e para Portugal"

Grupo alemão destaca a ligação histórica à companhia aérea portuguesa através da Star Alliance e o investimento em novas instalações de manutenção perto do Porto.
Lufthansa afirma ser “o melhor parceiro para a TAP e para Portugal"
Gonçalo Villaverde/Global Imagens
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O Grupo Lufthansa considera que é “o melhor parceiro para a TAP e para Portugal”, destacando a ligação histórica à companhia aérea portuguesa através da Star Alliance e o investimento em novas instalações de manutenção perto do Porto.

“Como defensores da consolidação das companhias aéreas europeias, saudamos o início do processo de privatização pelo Governo português. Iremos analisar cuidadosamente as especificações publicadas e aguardamos com interesse a entrada no processo para avaliar os requisitos definidos pelo Governo e a viabilidade comercial de um eventual investimento", respondeu o grupo alemão quando questionado pela Lusa sobre a aprovação do caderno de encargos e calendário do processo de reprivatização da TAP.

Na mesma nota, fonte oficial da Lufthansa acrescenta ainda: “Como parceiro de longa data da Star Alliance e investidor em novas instalações de manutenção perto do Porto, consideramos o Grupo Lufthansa o melhor parceiro para a TAP e para Portugal".

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Além do interesse na TAP, o grupo alemão tem vindo a reforçar a presença em Portugal com investimentos industriais. Em dezembro de 2024, a Lufthansa anunciou a instalação da Lufthansa Technik Portugal S.A., uma unidade industrial de reparação de peças de motores e componentes de aviões em Santa Maria da Feira.

O projeto representa um investimento de 227,6 milhões de euros e prevê a criação de 526 empregos — 325 até 2028 e os restantes até 2030. A instalação, a primeira da empresa em Portugal, deverá começar a operar no final de 2027, na zona industrial do LusoPark, e terá atividades centradas na inspeção, teste, manutenção e reparação de componentes de aeronaves e motores.

A publicação do caderno de encargos em Diário da República marcará o arranque formal da reprivatização da TAP, iniciada em 10 de julho com a aprovação, em Conselho de Ministros, do decreto-lei que estabelece os termos da operação.

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O documento define as condições técnicas, jurídicas e administrativas da venda, bem como os critérios de qualificação e avaliação das propostas para a aquisição de até 49,9% do capital da companhia aérea.

Apesar de ainda não ser público, o Governo já adiantou que apenas operadores aéreos com receitas superiores a 5.000 milhões de euros poderão concorrer, devendo ainda ser cumpridos requisitos de idoneidade e capacidade financeira.

A venda será feita de forma direta, com 5% do capital reservado aos trabalhadores. Caso essa percentagem não seja subscrita, o futuro comprador terá direito de preferência.

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O processo decorrerá em quatro etapas: pré-qualificação (até 60 dias), apresentação de propostas não vinculativas (até 90 dias), apresentação de propostas vinculativas (até 90 dias) e eventual negociação. O Governo prevê uma duração global de cerca de um ano, embora sujeita a autorizações regulatórias.

A Parpública será responsável por analisar as propostas e elaborar um relatório técnico a submeter ao Conselho de Ministros.

A operação inclui, além da TAP, empresas como a Portugália, a Unidade de Cuidados de Saúde TAP, a Cateringpor (51% detida pela TAP) e a SPdH, antiga Groundforce.

O interesse na reprivatização já foi igualmente manifestado pelo Grupo Air France-KLM e pela IAG — dona da British Airways e da Iberia — que aguardam também a publicação do caderno de encargos para avaliar os próximos passos.

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