A Madeira vai receber mais 75 milhões de euros, além das verbas que já estavam previstas, no âmbito do Orçamento do Estado, fruto de um acordo entre os governos da região e da República, foi hoje anunciado.Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao Núcleo Museológico do Forte de São Filipe, no Funchal, o presidente do Governo da Madeira (PSD/CDS-PP), o social-democrata Miguel Albuquerque, destacou que “há dois pontos muito importantes” que serão consagrados no Orçamento de Estado para 2026 (OE2026), que começa hoje a ser debatido na Assembleia da República.A proposta de OE2026 especifica que a Madeira vai receber 214.362.360 euros nos termos do artigo 48.º da Lei das Finanças das Regiões Autónomas (transferências orçamentais) e 79.930.558 euros no âmbito do artigo 49.º (fundo de coesão para as regiões ultraperiféricas), "a título excecional".Miguel Albuquerque voltou a explicar que, devido à atual Lei das Finanças Regionais, “iníqua, injusta e anacrónica”, a região não receberia verbas do fundo de coesão, devido ao seu crescimento económico.O presidente do executivo madeirense referiu que a região autónoma deverá fechar o ano de 2025 com um Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos oito mil milhões de euros, o que “significa que houve mais de 83%, nos últimos 10 anos, de crescimento económico”.No entanto, reafirmou, foi possível acordar com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o montante de 79,9 milhões de euros correspondente ao fundo de coesão.Miguel Albuquerque anunciou, por outro lado, que há “um fundo extraordinário, que tem um pouco de coesão, que também tem a ver com os sobrecustos” que a região tem em aéreas como a educação e a saúde, no montante de cerca de 75 milhões de euros.“Houve um acordo com o primeiro-ministro”, assegurou, Miguel Albuquerque, acrescentando também que há outras questões que continuam por resolver, como os subsistemas de saúde e a prorrogação do regime do Centro Internacional de Negócios da Madeira.A Assembleia da República começa hoje a debater em plenário a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2026, que tem aprovação garantida na generalidade, com a abstenção do PS.O debate arranca às 15:00, com uma intervenção do primeiro-ministro, numa tarde em que a discussão do documento tem 249 minutos previstos, embora os partidos possam antecipar ou transferir parte do tempo para terça-feira. .Parlamento chamado a prolongar IRC de 5% na Zona Franca da Madeira até 2033