A Nvidia está a desenvolver um novo chip de inteligência artificial para o mercado chinês, baseado na mais recente arquitetura Blackwell, que deverá superar em desempenho o atual modelo H20 autorizado para venda na China.Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o processador – com nome provisório B30A – utilizará um design “single‑die”, ou seja, todos os principais componentes do circuito integrado ficam gravados numa única peça contínua de silício, em vez de divididos por vários “dies” interligados. Esta abordagem reduz latências internas e pode melhorar a eficiência energética, mas exige processos de fabrico extremamente avançados e de grande dimensão física do chip.O B30A deverá oferecer cerca de metade da capacidade de cálculo do modelo topo de gama B300 (que é dual‑die), mas ainda assim será mais potente do que o H20. Segundo as fontes ouvidas pela Reuters, terá memória de alta largura de banda e tecnologia NVLink para transmissão rápida de dados entre processadores. A Nvidia espera enviar amostras a clientes chineses já no próximo mês, embora a aprovação regulatória dos EUA seja incerta, num contexto de fortes restrições à exportação de tecnologia de IA para a China.O papel da Europa nestes chipsA Europa, mais concretamente os Países Baixos, desempenha um papel crucial nestas tecnologias, graças à ASML Holding N.V., a única empresa no mundo que fabrica as máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV) utilizadas para “imprimir” os circuitos de poucos nanómetros no silício.Sem estes equipamentos, fabricantes como a TSMC, a Samsung ou a Intel (as foundries que executam os chips desenvolvidos pelas tecnológicas) não conseguiriam produzir chips single‑die de alto desempenho. Ou seja, embora não fabrique os chips diretamente, a ASML fornece a tecnologia sem a qual a produção de modelos como o B30A seria impossível.