O ministro das Finanças afirmou esta sexta-feira (24 de outubro) no parlamento que, após a redução do IRS em 2026, o Governo pretende continuar a reduzir o imposto entre 2027 e 2029, a um ritmo de 500 milhões de euros em cada ano.O compromisso foi assumido por Joaquim Miranda Sarmento durante o debate da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).O OE2026, disse, traz o quarto desagravamento do IRS “no espaço de um ano e meio”, depois da redução no início de 2024 (pelo anterior Governo do PS, de António Costa), da descida a meio desse ano (pelo primeiro Governo do PSD-CDS-PP, de Luís Montenegro), da atualização dos escalões no OE para 2025 e na alteração das taxas em julho deste ano.“Vamos em 2027, 2028 e 2029 continuar com o ritmo próximo dos 500 milhões em cada ano e, portanto, procurando continuar a desagravar a carga fiscal das famílias”, afirmou.“Queremos continuar a reduzir o IRS. Temos no programa das eleições de 2025 uma redução de 2.000 milhões no IRS até o final da legislatura”, afirmou, antes de clarificar como será feita a repartição da fatia do desagravamento que falta cumprir depois de 2026.A distribuição foi referida por Miranda Sarmento na sequência de uma pergunta colocada pelo deputado do PSD Alberto Fonseca, que quis saber se a redução de impostos estava concluída ou se iria continuar nos próximos anos.Para 2026, a proposta do orçamento traz uma redução das taxas de IRS em 0,3 pontos percentuais entre o 1.º e o 5.º escalão, tal como previsto desde julho, quando foi aprovada a redução do IRS de 2025, por acordo entre o PSD/CDS-PP e o Chega. Na proposta de lei, as taxas do 1.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º escalões continuam iguais às de 2025.No debate de hoje, o ministro considerou que Portugal tem “uma redução da carga fiscal significativa”, dentro da margem orçamental “possível” para não “desequilibrar as contas públicas e mantendo uma redução da dívida pública robusta”.Miranda Sarmento disse ser importante que o país continue a reduzir a dívida pública, para ficar abaixo de 80% no final da década (2030).."Não podemos continuar a aumentar o número de trabalhadores na Administração Pública"O ministro das Finanças disse ainda no Parlamento que não se pode continuar a aumentar o número de trabalhadores na Administração Pública, defendendo que tal seria um "erro e desperdício do dinheiro dos portugueses"."Não podemos continuar a aumentar o número de trabalhadores, se continuarmos a aumentar os trabalhadores na Administração Pública não vamos ter melhores serviços".Leia mais aqui:.OE2026: Miranda Sarmento diz que número de funcionários públicos não pode continuar a aumentar .OE2026: "Usar saldo da Segurança Social para aumentos permanentes é um erro", diz Miranda Sarmento