Viajar continua a ocupar o topo das prioridades dos portugueses que bateram mais um recorde de deslocações quer dentro de portas, quer para o estrangeiro. Nos primeiros seis meses do ano, os residentes realizaram 11,2 milhões de viagens, o que representa uma subida de 19,2% face ao mesmo período do ano passado, revelam os dados divulgados esta terça-feira, 28, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).Este é um novo máximo histórico de viagens realizadas por residentes num primeiro semestre.A maioria das deslocações ocorreram em território nacional num total de 9,5 milhões, o que se traduz num crescimento de 18,9%. Já as viagens internacionais atingiram 1,7 milhões, um avanço de 20,4%. Mais de metade das viagens do mercado doméstico, no período em análise, ocorreram no segundo trimestre do ano à boleia das férias da Páscoa. Entre abril e junho, os residentes realizaram seis milhões de deslocações (+22,1%), sendo que cinco milhões correspondem a deslocações em território nacional (+22,1%) e 975 mil ao estrangeiro (+21,9%).O gabinete de estatística sublinha que os números do segundo trimestre foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período associado à Páscoa, que ocorreu este ano em abril, enquanto no ano anterior se concentrou, essencialmente, em março.Olhando para as motivações na hora de fazer as malas e explorar outras geografias, o “lazer, recreio ou férias” apresenta-se como o principal mote das viagens (três milhões), seguindo-se a “visita a familiares ou amigos" (2,2 milhões de viagens). Também as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” seguiram a trajetória ascendente, somando 470,2 mil deslocações (+25,4%).Na hora de escolher o local para pernoitar, o alojamento particular gratuito continua a reunir as preferências, totalizando 10,6 milhões de dormidas. ". "Os “hotéis e similares” foram a segunda principal opção de alojamento no total de viagens, concentrando 30,7% das dormidas (6,1 milhões), mas foi a principal opção nas viagens por “motivos profissionais ou de negócios” (55,8%) e “lazer, recreio ou férias” (42,2% do total)", indica o INE.Já a duração média das viagens caiu para 3,35 noites em comparação com as 3,52 noites registadas no segundo trimestre de 2024.Por fim, o gabinete destaca ainda que entre abril e junho, 25,6% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística (+3,7 p.p). Numa análise mensal, e em termos homólogos, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma viagem aumentou em todos os meses do período em análise..Companhias aéreas devem 145 milhões de euros a passageiros até setembro por atrasos e cancelamentos.40 mil alojamentos locais estão em risco de serem cancelados até ao final do ano