Portugueses enfrentam dificuldades para poupar mas aumentam consciência financeira

Estudo da Escolha do Consumidor revela que 25% dos inquiridos não conseguem poupar, mas 50% já consomem conteúdos sobre finanças pessoais ocasionalmente e 19% optam por fazê-lo de forma regular.
Foto:  JUAN MABROMATA/AFP
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A Escolha do Consumidor realizou um estudo sobre a gestão das finanças pessoais em Portugal, revelando uma realidade marcada por dificuldades em poupar, mas também por uma crescente consciência financeira.

Os resultados indicam que 25% dos inquiridos não conseguem poupar qualquer parte do seu salário. Entre os que conseguem, 24% guardam menos de 10% do rendimento, enquanto 30% poupam entre 10% e 20%. Apenas 10% reservam entre 20% e 30%, e 11% poupam mais de 30% do rendimento mensal.

A principal razão para poupar é a prevenção de imprevistos, com 44% dos entrevistados a destinar as poupanças para um fundo de emergência. Outros 16% poupam para investir e 14% para viagens ou lazer. O restante dos participantes acumula para a reforma ou outros objetivos financeiros.

O estudo também revela que 48% dos portugueses mudaram alguns hábitos de consumo para aumentar as poupanças. 25% alteraram significativamente as suas decisões de compra, enquanto 22% mantêm os mesmos hábitos e 5% não refletiram sobre possíveis mudanças.

Para reduzir gastos, 24% diminuiram despesas fora de casa, como restaurantes e lazer, e 22% optam por compras em promoção. Além disso, 19% fazem comparação de preços antes de comprar, e 18% preferem marcas brancas ou genéricos.

Sobre investimentos, 40% dos inquiridos não investem as suas poupanças. Entre os que investem, 32% escolhem produtos de baixo risco, enquanto 12% optam por produtos de risco moderado e 8% diversificam entre diferentes níveis de risco.

A literacia financeira está a crescer entre os portugueses com 50% a consumirem conteúdos sobre finanças pessoais ocasionalmente e 19% a fazê-lo de forma regular. Contudo, 17% não consomem este tipo de conteúdo, mas têm interesse em começar, indicando um potencial para aumentar a procura por informação financeira acessível. Somente 14% não demonstram interesse em literacia financeira.

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