Comprar ou arrendar casa em Portugal ficou mais caro em 2025, mas as subidas no mercado de compra e venda foram especialmente acentuados. Os preços praticados no mercado da habitação subiram 20% em 2025. Lisboa foi mais além, com um acréscimo de 30%, para um preço médio de 650 mil euros.Os dados foram revelados esta segunda-feira, 29, pelo Imovirtual, num comunicado enviado às redações. Dizem respeito à evolução (de 2024 para 2025) dos preços médios anunciados pelos vendedores e senhorios, naquele portal, já com valores consolidados até dezembro.No que diz respeito à venda, os preços médios anunciados aumentaram de 350 mil euros para 420 mil euros. Em causa está um aumento de 70 mil euros, ou seja, 20% do valor inicial. Em causa estão "escassez de oferta, procura persistente e valorização estrutural de vários mercados regionais", descreve o Imovirtual, como fatores aceleradores dos preços.Por regiões, a subida foi particularmente expressiva em Lisboa, onde se registou um avanço de 30% nos preços, de 499 mil euros para 650 mil euros. Este continua a ser o distrito mais caro, mas a variação relativamente a 2024 ficou empatada com outros dois distritos.Os distritos de Santarém e Beja também estão no topo dos aumentos (ambos com 30%), à frente de Coimbra (24%), que foi seguido de perto por Portalegre (21%), Setúbal (20%) e Faro (19%).Mais atrás fica o distrito do Porto, que se mantém como o mais caro da região Norte, com um crescimento de 13%, até aos 404 mil euros. Bragança foi o único distrito com uma descida, na ordem de 5%, até aos 115 mil euros.Subidas na Madeira e Açores batem LisboaOlhando às Regiões Autónomas, houve subidas que ultrapassaram até aquela que se registou em Lisboa. Na Ilha da Madeira, os preços anunciados atingiram 575 mil euros (mais 19%), ao passo que, no Porto Santo, os registos apontam para 480 mil euros (mais 37%). Em São Miguel, no arquipélago dos Açores, os preços alcançaram 390 mil euros (mais 35%).Em causa estão a "procura consistente, atratividade turística e limitações estruturais da oferta", aponta o Imovirtual.Rendas sobem mas Lisboa e Porto mostram tendência distintaNo que diz respeito aos anúncios publicados para o arrendamento de casas, a maior procura saiu dos grandes centros e dirigiu-se para mercados intermédios e periféricos.Prova disto é que o maior aumento, em Portugal Continental, registou-se na Guarda, onde os preços subiram 31%, de 400 euros para 525 euros. A seguir, surge Vila Real (preços atingiram 600 euros, um incremento de 22%), pelo que a Região Norte lidera as subidas neste âmbito, com alguma margem. Mais atrás, os preços subiram em Bragança (mais 15%, para 550 euros), Faro (mais 14%, até aos 1.250 euros) e Évora (mais 13,5%, para 965 euros). Registaram-se ainda incrementos em Santarém (7%), Bragança (6%) e Leiria (3%).Em Lisboa, houve uma subida leve, na ordem de 0,3%, até aos 1.655 euros. Em Setúbal e Portalegre, o valor médio mostrou estabilidade.Em queda ficaram as rendas médias dos anúncios no Porto (menos 4%, até aos 1.150 euros) e em Beja (descida de 3%).Nas ilhas, registaram-se acréscimos de 10% na Madeira, até aos 1.650 euros. Em São Miguel, houve uma subida de 25%, com os valores médios a alcançarem mil euros..Rendas em Portugal sobem 3,2% em novembro e Lisboa apresenta os preços mais altos