Preços das casas sobem 20% em 2025. Rendas aumentam 4%, em média

O preço médio atingiu os 650 mil euros em Lisboa, que se mantém como o distrito mais caro para a compra de casa, a julgar pelos dados do Imovirtual. Por outro lado, as rendas subiram mais no Norte.
Preços das casas sobem 20% em 2025. Rendas aumentam 4%, em média
FOTO: Paulo Spranger
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Comprar ou arrendar casa em Portugal ficou mais caro em 2025, mas as subidas no mercado de compra e venda foram especialmente acentuados. Os preços praticados no mercado da habitação subiram 20% em 2025. Lisboa foi mais além, com um acréscimo de 30%, para um preço médio de 650 mil euros.

Os dados foram revelados esta segunda-feira, 29, pelo Imovirtual, num comunicado enviado às redações. Dizem respeito à evolução (de 2024 para 2025) dos preços médios anunciados pelos vendedores e senhorios, naquele portal, já com valores consolidados até dezembro.

No que diz respeito à venda, os preços médios anunciados aumentaram de 350 mil euros para 420 mil euros. Em causa está um aumento de 70 mil euros, ou seja, 20% do valor inicial. Em causa estão "escassez de oferta, procura persistente e valorização estrutural de vários mercados regionais", descreve o Imovirtual, como fatores aceleradores dos preços.

Por regiões, a subida foi particularmente expressiva em Lisboa, onde se registou um avanço de 30% nos preços, de 499 mil euros para 650 mil euros. Este continua a ser o distrito mais caro, mas a variação relativamente a 2024 ficou empatada com outros dois distritos.

Os distritos de Santarém e Beja também estão no topo dos aumentos (ambos com 30%), à frente de Coimbra (24%), que foi seguido de perto por Portalegre (21%), Setúbal (20%) e Faro (19%).

Mais atrás fica o distrito do Porto, que se mantém como o mais caro da região Norte, com um crescimento de 13%, até aos 404 mil euros. Bragança foi o único distrito com uma descida, na ordem de 5%, até aos 115 mil euros.

Subidas na Madeira e Açores batem Lisboa

Olhando às Regiões Autónomas, houve subidas que ultrapassaram até aquela que se registou em Lisboa. Na Ilha da Madeira, os preços anunciados atingiram 575 mil euros (mais 19%), ao passo que, no Porto Santo, os registos apontam para 480 mil euros (mais 37%). Em São Miguel, no arquipélago dos Açores, os preços alcançaram 390 mil euros (mais 35%).

Em causa estão a "procura consistente, atratividade turística e limitações estruturais da oferta", aponta o Imovirtual.

Rendas sobem mas Lisboa e Porto mostram tendência distinta

No que diz respeito aos anúncios publicados para o arrendamento de casas, a maior procura saiu dos grandes centros e dirigiu-se para mercados intermédios e periféricos.

Prova disto é que o maior aumento, em Portugal Continental, registou-se na Guarda, onde os preços subiram 31%, de 400 euros para 525 euros. A seguir, surge Vila Real (preços atingiram 600 euros, um incremento de 22%), pelo que a Região Norte lidera as subidas neste âmbito, com alguma margem. Mais atrás, os preços subiram em Bragança (mais 15%, para 550 euros), Faro (mais 14%, até aos 1.250 euros) e Évora (mais 13,5%, para 965 euros). Registaram-se ainda incrementos em Santarém (7%), Bragança (6%) e Leiria (3%).

Em Lisboa, houve uma subida leve, na ordem de 0,3%, até aos 1.655 euros. Em Setúbal e Portalegre, o valor médio mostrou estabilidade.

Em queda ficaram as rendas médias dos anúncios no Porto (menos 4%, até aos 1.150 euros) e em Beja (descida de 3%).

Nas ilhas, registaram-se acréscimos de 10% na Madeira, até aos 1.650 euros. Em São Miguel, houve uma subida de 25%, com os valores médios a alcançarem mil euros.

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