Presidente do Conselho das Finanças Públicas diz que folga "é muito curta e não permite aventuras" no OE2026

Nazaré da Costa Cabral apontou que a recomendação que faz para o OE2026 é que "é preciso prudência", bem como "responsabilidade política".
Nazaré da Costa Cabral, presidente do Conselho das Finanças Públicas
Nazaré da Costa Cabral, presidente do Conselho das Finanças PúblicasFOTO: GERARDO SANTOS
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A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) defendeu que o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) deve ser feito com "prudência e responsabilidade política", alertando que, se há folga, esta é "muito curta e não permite aventuras".

Na conferência de apresentação da atualização das previsões económicas e orçamentais, Nazaré da Costa Cabral apontou que a recomendação que faz para o OE2026 é que "é preciso prudência", bem como "responsabilidade política".

"Costuma-se falar da folga [orçamental], se ela existe, é muito curta e não permite aventuras, de maneira nenhuma", alertou a presidente da entidade independente que segue as finanças públicas.

Apesar de admitir que todos desejam uma "carga fiscal mais aliviada, um sistema fiscal mais simplificado", que também poderá impulsionar a atividade económica, salientou que "pode não ser muito prudente prosseguir numa senda de reduções estruturais de receita sem ter a garantia de que a despesa controlada".

No relatório divulgado esta segunda-feira, 22 de setembro, o CFP manteve a estimativa de um saldo orçamental nulo este ano e de um défice em 2026, ainda que mais reduzido do que o previsto em abril, de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), em vez de 1%.

Além disso, o organismo reviu em baixa a projeção para o crescimento da economia para 1,9% este ano e 1,8% no próximo.

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