MEO: EBITDA cai e receitas sobem entre janeiro e junho

Em comunicado, a empresa adianta que no segundo trimestre "a Meo Energia registou um crescimento sólido e expandiu significativamente a sua base de cliente".
MEO: EBITDA cai e receitas sobem entre janeiro e junho
D.R.
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Num comunicado enviado esta quinta-feira, 28 de agosto, ao mercado, a operadora de telecomunicações revela que o seu EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ou lucro operacional) resvalou 3,4% no primeiro semestre do ano, fixando-se em 488 milhões de euros.

Por outro lado, as receitas da MEO subiram 3,5% no mesmo período e em termos homólogos, para 1.392 milhões de euros. No segundo trimestre o crescimento foi de 4,6% para 695 milhões de euros.

"Investimos 197 milhões de euros em apenas seis meses – 97 milhões no segundo trimestre – porque sabemos que uma rede preparada para o futuro só se constrói com investimento", adiantou a CEO da MEO, Ana Figueiredo, no mesmo comunicado. "Num setor em constante evolução, onde a tecnologia, a conectividade e a sustentabilidade se tornaram pilares da sociedade, a nossa resposta tem sido clara: investir, inovar e liderar", afirma.

Entre abril e junho, e excluindo o desempenho da Altice Labs, "o crescimento das receitas foi de 4,9%, beneficiando de uma melhoria de 4,8% no segmento Consumo, impulsionada sobretudo pelo negócio de energia, e de 4,5% no segmento de Serviços Empresariais", lê-se no mesmo comunicado.

A responsável da MEO salienta ainda a contribuição da MEO Energia para o desempenho do grupo. As Receitas do Segmento de Serviços Empresariais desta área, no segundo trimestre de 2025, foram de 330 milhões de euros, o que representa um crescimento de 4,5%, ou de 5,1% excluindo a performance da Altice Labs.

"A MEO Energia, que celebra 5 anos, é um exemplo claro dessa visão, onde fomos pioneiros, a nível nacional e global, na convergência entre telecomunicações e energia, tendo abastecido uma base de clientes finais de 188 mil com eletricidade verde. Continuamos pioneiros: aumentamos 111 mil clientes finais em comparação com o período homólogo, e somos o operador que maior número de aquisições registou em 9 dos últimos 12 meses e com uma quota de mercado em crescimento, comprovando que a inovação cria valor real para os clientes", nota.

Um desempenho que, esclarece a empresa no mesmo documento, "foi impulsionado por uma forte dinâmica comercial, pela introdução de planos tarifários inovadores, pela atratividade das ofertas combinadas de telecomunicações e energia, e por uma estratégia eficaz de 'cross-selling' dentro do ecossistema MEO".

A base de clientes do negócio da energia "aumentou de 76 mil no final do segundo trimestre de 2024 para 188 mil clientes finais em junho de 2025", o que "representa 42 mil novas adesões líquidas desde o início do ano", sublinha também a companhia.

Já o tototal de serviços fixos apresentou uma "variação positiva de 0,3% face ao segundo trimestre de 2024, situando-se nos 6,0 milhões" e a base de clientes dos serviços de televisão por subscrição e de conectividade "aumentou 1,3% e 1,8%, alcançando 2,0 e 1,9 milhões, respetivamente".

No que respeita a base de clientes móveis pós-pago, esta atingiu 5,4 milhões e, "impulsionada pela oferta convergente, registou um acréscimo de 3,3% face ao segundo trimestre de 2024 e de 1,2% (+66 mil clientes) no segundo trimestre de 2025 face ao trimestre anterior".

No final de junho, a Meo tinha "6,6 milhões de casas cobertas por fibra ótica, refletindo o investimento realizado na modernização da infraestrutura fixa".

Segundo a empresa, "a cobertura populacional da rede móvel atingiu níveis elevados, com 96,95% na tecnologia 5G e 99,98% na rede 4G, assegurando uma experiência de conectividade robusta e fiável".

A Meo salienta que no segmento de Consumo do Negócio Fixo, cerca de 89% da base de clientes usa fibra ótica como tecnologia de suporte.

As receitas do segmento Serviços Emrpesariais cresceram 4,5% homólogos no segundo trimestre, para 330 milhões de euros, ou "de 5,1% excluindo a performance da Altice Labs (...) suportado principalmente pelos resultados sólidos na componente Não-Telco — em particular nas atividades de soluções de tecnologias de informação e comunicação, 'cloud', 'cyberSecurity', serviços geridos/outsourcing e 'business process outsourcing'".

As receitas de telecomunicações, "que ainda representam a parte mais significativa deste segmento também continuaram a crescer, embora a um ritmo menor que as novas linhas de serviços", adianta a empresa

No segundo trimestre, "as receitas do segmento Wholesale registaram uma ligeira variação negativa em termos homólogos", sendo que o desempenho "foi principalmente influenciado pelo contributo desfavorável das receitas associadas ao MVNO [operador móvel virtual] e ao 'roaming in'".

Com Lusa

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