Num comunicado enviado esta quinta-feira, 28 de agosto, ao mercado, a operadora de telecomunicações revela que o seu EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ou lucro operacional) resvalou 3,4% no primeiro semestre do ano, fixando-se em 488 milhões de euros. Por outro lado, as receitas da MEO subiram 3,5% no mesmo período e em termos homólogos, para 1.392 milhões de euros. No segundo trimestre o crescimento foi de 4,6% para 695 milhões de euros."Investimos 197 milhões de euros em apenas seis meses – 97 milhões no segundo trimestre – porque sabemos que uma rede preparada para o futuro só se constrói com investimento", adiantou a CEO da MEO, Ana Figueiredo, no mesmo comunicado. "Num setor em constante evolução, onde a tecnologia, a conectividade e a sustentabilidade se tornaram pilares da sociedade, a nossa resposta tem sido clara: investir, inovar e liderar", afirma.Entre abril e junho, e excluindo o desempenho da Altice Labs, "o crescimento das receitas foi de 4,9%, beneficiando de uma melhoria de 4,8% no segmento Consumo, impulsionada sobretudo pelo negócio de energia, e de 4,5% no segmento de Serviços Empresariais", lê-se no mesmo comunicado.A responsável da MEO salienta ainda a contribuição da MEO Energia para o desempenho do grupo. As Receitas do Segmento de Serviços Empresariais desta área, no segundo trimestre de 2025, foram de 330 milhões de euros, o que representa um crescimento de 4,5%, ou de 5,1% excluindo a performance da Altice Labs."A MEO Energia, que celebra 5 anos, é um exemplo claro dessa visão, onde fomos pioneiros, a nível nacional e global, na convergência entre telecomunicações e energia, tendo abastecido uma base de clientes finais de 188 mil com eletricidade verde. Continuamos pioneiros: aumentamos 111 mil clientes finais em comparação com o período homólogo, e somos o operador que maior número de aquisições registou em 9 dos últimos 12 meses e com uma quota de mercado em crescimento, comprovando que a inovação cria valor real para os clientes", nota.Um desempenho que, esclarece a empresa no mesmo documento, "foi impulsionado por uma forte dinâmica comercial, pela introdução de planos tarifários inovadores, pela atratividade das ofertas combinadas de telecomunicações e energia, e por uma estratégia eficaz de 'cross-selling' dentro do ecossistema MEO".A base de clientes do negócio da energia "aumentou de 76 mil no final do segundo trimestre de 2024 para 188 mil clientes finais em junho de 2025", o que "representa 42 mil novas adesões líquidas desde o início do ano", sublinha também a companhia.Já o tototal de serviços fixos apresentou uma "variação positiva de 0,3% face ao segundo trimestre de 2024, situando-se nos 6,0 milhões" e a base de clientes dos serviços de televisão por subscrição e de conectividade "aumentou 1,3% e 1,8%, alcançando 2,0 e 1,9 milhões, respetivamente".No que respeita a base de clientes móveis pós-pago, esta atingiu 5,4 milhões e, "impulsionada pela oferta convergente, registou um acréscimo de 3,3% face ao segundo trimestre de 2024 e de 1,2% (+66 mil clientes) no segundo trimestre de 2025 face ao trimestre anterior".No final de junho, a Meo tinha "6,6 milhões de casas cobertas por fibra ótica, refletindo o investimento realizado na modernização da infraestrutura fixa".Segundo a empresa, "a cobertura populacional da rede móvel atingiu níveis elevados, com 96,95% na tecnologia 5G e 99,98% na rede 4G, assegurando uma experiência de conectividade robusta e fiável".A Meo salienta que no segmento de Consumo do Negócio Fixo, cerca de 89% da base de clientes usa fibra ótica como tecnologia de suporte.As receitas do segmento Serviços Emrpesariais cresceram 4,5% homólogos no segundo trimestre, para 330 milhões de euros, ou "de 5,1% excluindo a performance da Altice Labs (...) suportado principalmente pelos resultados sólidos na componente Não-Telco — em particular nas atividades de soluções de tecnologias de informação e comunicação, 'cloud', 'cyberSecurity', serviços geridos/outsourcing e 'business process outsourcing'".As receitas de telecomunicações, "que ainda representam a parte mais significativa deste segmento também continuaram a crescer, embora a um ritmo menor que as novas linhas de serviços", adianta a empresaNo segundo trimestre, "as receitas do segmento Wholesale registaram uma ligeira variação negativa em termos homólogos", sendo que o desempenho "foi principalmente influenciado pelo contributo desfavorável das receitas associadas ao MVNO [operador móvel virtual] e ao 'roaming in'". Com Lusa