Reino Unido: tensão leva juros da dívida a longo prazo para máximos de 27 anos

A insegurança dos mercados acerca da economia britânica está a gerar dificuldade para contrair empréstimos a 30 anos. Neste contexto, o Reino Unido paga os juros mais altos desde 1998.
Ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves.
Ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves.EPA/ANDY RAIN
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O Reino Unido está com dificuldade a ir buscar dinheiro aos mercados, de tal forma que os juros da dívida a longo prazo atingiram máximos do século XXI.

Em causa está a tensão política e económica que se vive, pautada por receios ligados à vertente económica. O executivo, formado pelo Partido Trabalhista, está cada vez mais próximo de apresentar o orçamento do Estado, ao mesmo tempo que lida com um "buraco" de 35 mil milhões de libras (40,20 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

São muitos os investidores que estão a optar por vender os títulos de dívida que detêm, deixando o Reino Unido com dificuldade para se endividar. Em consequência, a procura por empréstimos a 30 anos está no patamar mais alto desde 1998.

Nesta terça-feira, 2 de setembro, os juros da dívida soberana do Reino Unido atingiram os 5,680%, o que significa que superaram os 5,649% atingidos em abril. Em causa está um máximo de 27 anos.

Ao mesmo tempo, a queda no que diz respeito à confiança dos mercados é visível também no mercado cambial. A força da libra britânica face ao euro está a cair 0,70%, enquanto recua 1,43% face ao dólar.

Ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves.
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