A SATA não irá conseguir liquidar os subsídios de Natal aos seus 1600 trabalhadores dentro dos prazos previstos e irá avançar com um pagamento faseado em duas partes. A empresa informou esta quinta-feira, 27, os trabalhadores de que terá de pagar 6,5 milhões de euros para a retirada de um avião da frota o que a impede de fazer face aos compromissos salariais."O inadiável pagamento final de 6,5 milhões de euros inerente ao phase out antecipado da aeronave A330-200, CS TRY, impactando de forma gravosa a tesouraria da empresa, condiciona a transferência do subsídio de Natal", refere a empresa num comunicado interno a que o DN teve acesso.O phase out é um processo que corresponde à retirada de uma aeronave da frota no âmbito de um contrato de leasing, neste caso, antes da data prevista. Este processo implica custos que podem estar associados a uma compensação da devolução antecipada bem como aos gastos associados à manutenção obrigatória antes do retorno.O conselho de administração da SATA refere que o pagamento do 14º mês será efetuado, desta forma, em duas parcelas: "a primeira no vencimento de novembro, correspondente a 30% do subsídio, de valor não inferior a 522,50 euros, assegurando-se o processamento da segunda parcela no valor remanescente até ao dia 15 de dezembro".Na mesma comunicação, que chegou aos trabalhadores por email, a SATA "lamentar a situação" pedindo ainda "a melhor compreensão".Recorde-se que esta semana o Governo Regional dos Açores aprovou uma garantia de 10 milhões de euros para a SATA, de forma a que empresa possa obter um empréstimo para reforçar a tesouraria.