Taxa de desemprego recua para 5,8% no 3.º trimestre

Segundo o INE, entre julho e setembro, a população desempregada, estimada em 326,6 mil pessoas, diminuiu 0,9% (2,9 mil) em relação ao trimestre anterior e 2,4% (8,1 mil) face ao trimestre homólogo.
Taxa de desemprego recua para 5,8% no 3.º trimestre
FOTO: Fernando Timoteo/Global Imagens
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A taxa de desemprego fixou-se em 5,8% no terceiro trimestre, 0,1 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior e menos 0,3 pontos percentuais face ao mesmo período de 2024, divulgou esta quarta-feira, 5, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, entre julho e setembro, a população desempregada, estimada em 326,6 mil pessoas, diminuiu 0,9% (2,9 mil) em relação ao trimestre anterior e 2,4% (8,1 mil) face ao trimestre homólogo.

A taxa de desemprego dos jovens (16 a 24 anos), que foi estimada em 18,8%, aumentou 0,7 pontos percentuais face aos três meses anteriores, mas recuou 0,9 pontos percentuais em termos homólogos.

Por sua vez, a taxa de subutilização do trabalho foi estimada em 9,9%, representando uma redução de 0,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e de 0,5 pontos percentuais em termos homólogos.

Para o recuo homólogo da população desempregada contribuíram, sobretudo, os decréscimos nos grupos populacionais dos homens (6,4 mil; 4,0%); pessoas dos 45 aos 54 anos (9,3 mil; 14,1%); que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico (13,9 mil; 11,4%); à procura de novo emprego (5,4 mil; 1,9%); e desempregados há 12 e mais meses (10,0 mil; 7,8%).

No terceiro trimestre, 35,9% da população desempregada encontrava-se nesta condição há 12 ou mais meses (desemprego de longa duração), um valor superior em 2,4 pontos percentuais ao do trimestre precedente e em 2,1 pontos percentuais em relação ao do trimestre homólogo.

A população inativa com 16 e mais anos fixou-se em 3.703,6 mil, uma diminuição de 1,3% (49,4 mil) em relação ao trimestre anterior e de 1,1% (39,5 mil) relativamente ao homólogo.

No terceiro trimestre, a população empregada foi estimada em 5.332,1 mil pessoas, atingindo novamente o valor mais elevado da série iniciada em 2011, tendo crescido 1,6% (83,8 mil) em relação ao trimestre anterior e 3,7% (191,2 mil) relativamente ao trimestre homólogo.

A taxa de emprego situou-se em 57,8%, mais 0,7 pontos percentuais acima do trimestre anterior e mais 1,2 pontos percentuais do que no terceiro trimestre de 2024.

Para a evolução homóloga registada na população empregada contribuíram, principalmente, os acréscimos nos seguintes agregados: homens (94,6 mil; 3,6%) e mulheres (96,5 mil; 3,8%); pessoas dos 25 aos 34 anos (63,6 mil; 6,4%); com ensino secundário e pós-secundário (121,1 mil; 7,1%) e ensino superior (109,5 mil; 6,3%) e empregados no setor dos serviços (184,0 mil; 4,9%).

Dentro dos serviços, o INE destacou o aumento no conjunto das secções de atividade de comércio por grosso e a retalho e reparação de veículos automóveis e motociclos, transportes e armazenagem e alojamento, restauração e similares, cujo aumento de 4,2% (56 mil pessoas) “representou 30,4% da variação do setor”.

O aumento da população empregada foi ainda impulsionado pelo contributo dos trabalhadores por conta de outrem (163,7 mil; 3,8%), com contrato sem termo (158,8 mil; 4,3%); e a tempo completo (192,4 mil; 4,1%).

Segundo o INE, no terceiro trimestre, a proporção da população empregada em teletrabalho foi de 19,4% (1.036,4 mil pessoas), inferior em 1,5 pontos percentuais à do trimestre anterior e superior em 0,2 pontos à do trimestre homólogo.

Dentro da população que esteve em teletrabalho, 26,0% fê-lo sempre, 38,5% de forma regular inserida num sistema híbrido, 15,2% em casa de forma pontual e 20,2% fora do horário de trabalho.

O regime híbrido, que concilia trabalho presencial e em casa, registou, em termos absolutos, a maior variação trimestral (menos 64,9 mil pessoas) e a maior variação homóloga (mais 35,6 mil pessoas).

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