A EDP e a sua subsidiária EDP Finance BV assinaram um contrato de financiamento de crédito no valor de 3,65 mil milhões de euros, pelo prazo de cinco anos, extensível por outros dois, e que permite a utilização de euros e dólares, anunciou esta quinta-feira a empresa, em comunicado enviado à à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A elétrica, liderada por Miguel Stilwell, indica que assinou um "contrato de abertura de crédito na modalidade "revolving", no montante de 3,65 mil milhões de euros, pelo prazo de cinco anos, extensível por dois anos adicionais (com consentimento dos bancos), e que permite utilizações em euros e dólares". Este tipo de crédito não tem um número fixo de pagamentos.
A linha de crédito está ligada a dois fatores de sustentabilidade ESG: redução de emissões de gases de efeito de estufa e aumento da percentagem de energias renováveis na capacidade instalada total do Grupo EDP.
Este crédito vem substituir um de 3,3 mil milhões, que não tinha tido quaisquer utilizações, pelo que está "inteiramente disponível à data da sua substituição", aponta a EDP, acrescentando que a nova linha "reforça a solidez financeira e a liquidez" do grupo.
O aumento do montante contratualizado resulta de "um excedente de procura e do número de bancos comprometidos", num total de 25 bancos nacionais e internacionais, incluindo o Deutsche Bank, BNP Paribas, Caixabank, Caixa Geral de Depósitos, JP Morgan ou o Banco Santander Totta.
"A nova linha foi dimensionada de acordo com os 'Sustainability-linked Loan Principles' da Loan Market Association e os objetivos da redução de emissões estão alinhados com a trajetória definida cientificamente pela 'Science Based Target initiative' para limitar o aumento da temperatura global média em 1,5ºC", refere a empresa. E alerta que "o cumprimento, ou não, dos objetivos anuais terá impacto no custo da linha de crédito".