O emprego público registou um aumento de 3,7% no segundo trimestre deste ano, para 731.258 postos de trabalho. É o maior aumento homólogo (face ao trimestre do ano precedente) da série oficial, divulgada pelo Ministério da Administração Pública (AP), e é também o maior valor absoluto destes registos..Significa que Portugal tem agora mais 25.774 funcionários públicos do que há um ano, o que reflete bastante bem a política de reforço de profissionais (sobretudo na Saúde e Educação) para responder à pandemia..De acordo com os novos dados da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), uma publicação trimestral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), o emprego na AP supera assim o anterior máximo deste série, atingido no último trimestre de 2011 (727.785 postos), tinha a troika acabado de entrar no país para coordenar com o governo PSD-CDS um pesado ajustamento do setor público e da despesa pública, acompanhado de um "enorme aumento de impostos"..Quase 60% do emprego criado na pandemia é precário.Esta publicação mostra, no entanto, que o grosso da criação de empregos está concentrada nos vínculos mais precários. Entre meados de 2020 e agora, quase 60% da criação de emprego total foi através de contratos a prazo..Segundo a DGAEP, dos 25,7 mil novos empregos criados, mais de metade (58% do total), cerca de 15 mil são contratos a termo. A subida neste tipo de vínculo foi de quase 19% em termos homólogos, o que compara com mais 3,6% no emprego total público..Os contratos por tempo indeterminado somam apenas 9.391 postos de trabalho face a junho de 2020..Mais na educação e na saúde.A direção-geral refere que "a 30 de junho de 2021, o emprego no sector das administrações públicas situou-se em 731.258 postos de trabalho, superando o valor registado no início desta série, com um aumento de 3.473 postos de trabalho, correspondente a mais 0,5% face a 31 de dezembro de 2011"..O aumento homólogo de 3,7% no emprego público total é "distribuído essencialmente entre a administração central (+3,8%, correspondente a mais 20.012 postos de trabalho) e a administração local (+3,6%, correspondente a mais 4.399 postos de trabalho)"..As carreiras que mais contribuíram para o aumento homólogo do emprego na administração central foram "as carreiras de assistente operacional (+5.088), de educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário (+3.857), de técnico superior (+2.871), de enfermeiro (+2.726), das Forças Armadas (+1.694), de médico (+1.064) e de técnico de diagnóstico e terapêutica (+657)", diz a DGAEP..A tutela explica ainda que "na administração central, o aumento de emprego verificou-se essencialmente nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (+8.407 empregos) e nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (+7.060), mas também nas Forças Armadas (+1.636), nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (+1.320) e nos Agrupamentos de Centros de Saúde (+1.291)"..(atualizado 21h20)