As empresas que acederam desde março do último ano a crédito com garantia pública que não pertençam aos sectores de atividade mais afetados pela pandemia podem até à próxima quarta-feira, 31, pedir o alargamento do período de carência dos empréstimos tomados, informa nesta quinta-feira o Banco Português de Fomento..Para comércio, turismo, transportes e sector social, entre outras áreas classificadas como mais afetadas, a prorrogação por nove meses do período livre de reembolsos do capital do crédito contratado com ajudas do Estado é automático - mas é possível às empresas renunciarem ao benefício, também até dia 31. Para os restantes negócios, a extensão do período de carência exige formalizar o pedido junto dos bancos, indica nota da instituição..A medida, aprovada no início deste mês num novo pacote de apoios à economia anunciado pelo governo, prevê o alargamento em nove meses do tempo em que as empresas ficam dispensadas de devolver a parte de capital das prestações de crédito, mas não se aplica aos juros..O adiamento vale para "operações de crédito com garantia pública que tenham sido firmadas entre 27 de março de 2020 e a data de entrada em vigor do decreto-lei", a 23 de março, abrangendo todo o tipo de linhas de crédito com garantia pública disponibilizadas, e não apenas as linhas Covid-19.."A extensão de período de carência e maturidade das linhas de crédito com garantia pública, quando aplicável, poderá ser acompanhada por uma extensão da respetiva maturidade por período idêntico, não podendo contudo a maturidade total da operação exceder o prazo máximo estipulado no âmbito do Protocolo ao abrigo do qual a operação foi contratualizada", refere..Segundo o Banco Português de Fomento, são 71 mil as operações elegíveis para o prolongamento, envolvendo um montante total de financiamento apoiado de cerca de nove mil milhões de euros.