A Coindu, indústria de componentes têxteis para o setor automóvel, vai avançar com o segundo despedimento coletivo este ano, após o de maio ter abrangido 123 trabalhadores, devido ao declínio das encomendas no setor.“Após uma análise aprofundada da situação económica e operacional da empresa, terá de proceder a uma reestruturação do seu quadro de colaboradores, devido ao declínio acentuado e prolongado das encomendas no setor automóvel, que tem impactado a sua atividade nos últimos anos”, informou, em comunicado, a empresa sedeada em Joane, Vila Nova de Famalicão (distrito de Braga).Em maio, a Coindu avançou com o despedimento coletivo de 123 trabalhadores e colocou outros 237 em 'lay-off' e, em finais de 2024, fechou a fábrica que tinha em Arcos de Valdevez, deixando sem emprego 350 trabalhadores.A empresa, que conta atualmente com 1.050 trabalhadores, realçou que fez “todos os esforços para evitar esta medida”, mas este despedimento vai permitir “alinhar a sua capacidade de produção com a carteira de encomendas existente, garantindo a fiabilidade do fornecimento para todos os contratos em vigor”.Este reajustamento da capacidade de produção, vincou, é “necessário” para “garantir a viabilidade da empresa a longo prazo”, “num contexto de grande incerteza e num setor automóvel europeu que enfrenta uma fase muito complexa”.A Coindu sublinhou ainda que o despedimento coletivo “é a solução juridicamente adequada para assegurar um processo transparente e de acordo com a lei, protegendo os direitos dos colaboradores abrangidos”.Em 2022, entre Arcos de Valdevez e Vila Nova de Famalicão, a Coindu empregava 2.100 trabalhadores.Segundo disse em maio à Lusa Francisco Vieira, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, a empresa pretende este ano ter uma disponibilidade de entre 800 e 825 trabalhadores e, em 2026, esses números deverão subir para 950 a 1.050 trabalhadores. .Coindu despede 400 trabalhadores