A EDP definiu uma estratégia de investimento, até dois mil milhões de dólares (cerca de 1.840 milhões de euros à taxa de câmbio atual) em projetos de energias renováveis e armazenamento em baterias na Ásia até 2030, revela esta quinta-feira, 13 de novembro, a Bloomberg. O plano traçado pela energética acompanha um reposicionamento regional, com a empresa a reduzir presença em mercados onde as condições não permitem projetos à escala desejada.“Temos vindo a reduzir a presença em mercados que eram opções, mas que não estão a materializar-se à velocidade e à escala de que precisamos”, afirmou Pedro Vasconcelos, responsável da EDP para a Ásia-Pacífico, em declarações à mesma agência noticiosa. A aposta vai concentrar-se em mercados considerados mais promissores, como Singapura, Austrália e Japão. De notar que a EDPR saiu nos últimos dois anos de países como Indonésia, Tailândia, Camboja e Coreia do Sul, por falta de maturidade regulatória, clareza no licenciamento e condições de preço e escala, como detalhou Miguel Fonseca, CEO da EDPR para a região.Este reposicionamento acontece num contexto em que o Sudeste Asiático permanece dependente do carvão e enfrenta obstáculos à atração de investimento em renováveis. A Bloomberg nota que a ASEAN deverá falhar a meta de 23% de renováveis no mix energético até 2025 devido a falta de investimento e entraves burocráticos. Na mesma entrevista à Bloomberg, Pedro Vasconcelos sustentou que “por diferentes razões, seja por favorecer mais os players locais, seja por uma regulação que não oferece a visibilidade necessária para investimentos a 30 anos, algo ainda não encaixou”, embora tenha acrescentado que "o potencial está lá”..EDP instala central solar em fábrica da Goodyear no Luxemburgo