A ERA Portugal divulgou esta sexta-feira, 10 de outubro, uma análise abrangente sobre a evolução do preço médio dos imóveis em todos os distritos do país entre 2021 e 2025. O estudo revela um aumento significativo nos preços, com destaque para as áreas metropolitanas e turísticas, que atingiram recordes.Entre as regiões que mais valorizaram, a Madeira lidera com um impressionante crescimento de 73%, atingindo um preço médio de 281.824 euros em 2025, impulsionado pelo turismo residencial e investimentos estrangeiros, especialmente no Funchal e no Caniço. Setúbal segue com uma valorização de 60%, com um preço médio de 246.987 euros, enquanto Lisboa apresenta um aumento de 54%, com um ticket médio de 383.128 euros. Outras regiões com crescimentos assinaláveis incluem Viana do Castelo (+55%) e Faro (+45%), ambas beneficiando do investimento turístico e da procura por segundas residências.Em 2025, os distritos com preços médios superiores a 200.000 euros incluem Lisboa, Madeira, Faro, Setúbal, Açores, Beja, Porto e Braga. Em contraste, em 2021, apenas Lisboa ultrapassava esse limiar.Entretanto, algumas regiões mostraram um crescimento mais lento ou até uma diminuição nos preços. Viseu, por exemplo, registou uma queda de 3%, refletindo uma menor pressão de procura e uma maior sensibilidade ao crédito. A Guarda apresentou um aumento modesto de apenas 5%, enquanto Vila Real (+10%) e Castelo Branco (+19%) demonstraram um crescimento moderado, mas com potencial para atrair novos compradores, como jovens famílias em busca de habitação no interior.Rui Torgal, CEO da ERA Portugal, destaca, no comunicado partilhado pela imobiliária, que nos últimos quatro anos o ticket médio nacional subiu cerca de 40%, acompanhando a tendência histórica de valorização do mercado imobiliário português. Para o administrador da ERA Portugal, a escassez de oferta é um fator crítico, com apenas metade das casas construídas na última década em comparação com a anterior. "É vital construir mais, reabilitar mais, agilizar processos, reduzir carga fiscal, criar todo um contexto que seja favorável à criação da tal oferta que permitirá ao mercado autorregular o preço da habitação no nosso país”, conclui. .Investimento em imóveis comerciais cresce 78%