Indústria automóvel alemã vai eliminar quase 100 mil empregos até 2030

O setor conta com menos 55 mil trabalhadores do que há dois anos e a tendência de redução vai manter-se. A subida dos custos e o crescimento da competição chinesa são fonte de problemas.
Indústria automóvel alemã vai eliminar quase 100 mil empregos até 2030
Paulo Spranger / Global Imagens
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As dificuldades que se vivem no setor automóvel alemão ficam visíveis sob vários indicadores. Um destes é o número de trabalhadores das empresas, que são hoje menos 55 mil do que há dois anos... e a redução é para continuar.

A Bosch anunciou na quinta-feira, 25 de setembro, que o seu negócio de peças para carros vai despedir 18.500 trabalhadores até ao final do ano. Trata-se da decisão mais recente nesta matéria, sendo que os vários players a operar na Alemanha preveem despedir 92.700 profissionais até 2030.

Os números são muito significativos e dão força à ideia de que o setor automóvel europeu atravessa sérios problemas, ligados à subida dos custos e à maior competitividade que chega, sobretudo, da China. Prova disto é que a Bosch está longe de ser a empresa que mais vai despedir, até ao final da década.

O 'ranking' é liderado pela Volkswagen. Esta vai cortar 35 mil empregos até 2030 na Alemanha, onde tem planos para fechar várias fábricas. Em causa está a intenção de reduzir a produção, em função da queda que se regista ao nível da procura. Mas há mais casos.

Seguem-se a ZF (menos 14 mil postos de trabalho até 2030), Continental (10.150), Audi (7.500), Schaeffler (4.700), Porsche (1.900) e Ford (1.000).

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