Insolvências atingem mais de 1.700 empresas e aumentam 3,2% até outubro

Só em outubro registaram‑se 464 insolvências, um acréscimo de 13% (+55) face a outubro de 2024, revela a Iberinform.
Insolvências atingem mais de 1.700 empresas e aumentam 3,2% até outubro
Maria João Gala/Global Imagens
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O mercado empresarial português iniciou o quarto trimestre de 2025 com sinais mistos, segundo dados da Iberinform. Entre janeiro e outubro as insolvências aumentaram 3,2% face ao período homólogo, correspondente a mais 95 processos, totalizando 1.731 empresas insolventes no acumulado do ano.

Só em outubro registaram‑se 464 insolvências, um acréscimo de 13% (+55) face a outubro de 2024.

As falências apresentadas pelas próprias empresas cresceram 12% (mais 82 processos), enquanto as ações intentadas por terceiros subiram 2,1% (mais 12). Por outro lado, encerramentos com plano de insolvência recuaram 14% (menos seis empresas).

A distribuição geográfica mostra Porto e Lisboa como os distritos mais afetados, com 772 e 748 insolvências, respetivamente.

As maiores subidas percentuais ocorreram em Bragança (+26%), Viana do Castelo (+22%), Faro (+21%) e Leiria (+20%).

Em sentido contrário, Beja registou a maior queda (-47%), seguida de Évora (-25%) e Viseu (-24%). O interior norte evidencia um agravamento mais acentuado, enquanto algumas áreas do Sul e as regiões autónomas apresentam maior estabilidade.

Por ramos de atividade, as telecomunicações duplicaram o número de insolvências face a 2024. Seguem‑se agricultura, caça e pesca (+39%) e transportes (+30%). O setor da eletricidade, gás e água foi o que mais reduziu insolvências, com uma queda de 46%.

Constituições mantêm crescimento no acumulado do ano

Em outubro surgiram 3.957 novas empresas, menos 3,4% do que no mesmo mês do ano anterior (4.096). No entanto, no total do ano as constituições cresceram 3,9%, perfazendo 44.920 novas sociedades, segundo o mesmo estudo da Iberinform.

Lisboa lidera as criações com 13.935 novas empresas (+2,6%), seguida do Porto com 7.756 (+4,8%). Destaques positivos incluem Viseu (+23%), Vila Real (+16%), Ponta Delgada (+15%), Leiria (+12%) e Évora (+11%); Horta registou a maior queda (-17%).

Setorialmente, agricultura, caça e pesca é o setor com maior aumento nas constituições (+21%), seguido da construção e obras públicas (+19%) e do comércio por grosso (+6,2%). Os maiores recuos verificaram‑se em transportes (-22%), telecomunicações (-15%) e eletricidade, gás e água (-12%).

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