Mais de 60% das PME na Europa reconhecem falta de preparação em cibersegurança

Segundo relatório da Kaspersky, 65% dos inquiridos afirmam que as suas estratégias de cibersegurança funcionam melhor no papel do que na realidade, ou são apenas um conjunto de objetivos desconexos.
Mais de 60% das PME na Europa reconhecem falta de preparação em cibersegurança
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A maioria dos responsáveis pela cibersegurança em pequenas e médias empresas (PME) na Europa admite não estar adequadamente preparada para proteger as suas organizações.

Segundo um relatório da Kaspersky, 65% dos inquiridos afirmam que as suas estratégias de cibersegurança funcionam melhor no papel do que na realidade, ou são apenas um conjunto de objetivos desconexos. Além disso, 33% dos responsáveis reconhecem que precisam de melhorar a sua capacidade de resposta a incidentes.

Esta falta de um plano aplicável e de conhecimentos adequados torna as PME vulneráveis a ciberataques.

Na Europa, apenas 29% das PME dizem ter uma estratégia de cibersegurança totalmente implementada. Cerca de 66% admitem que a sua abordagem é parcial ou apenas teórica. Especificamente, 48% afirmam que a sua estratégia está em desenvolvimento, enquanto 18% estão apenas a trabalhar em objetivos.

Esta desconexão entre o planeamento e a prática resulta em fraquezas nas operações diárias de cibersegurança.

A análise da Kaspersky revela que as PME estão a ser alvos prioritários de ataques devido a essas lacunas. Entre janeiro e abril de 2025, a Áustria registou 40% dos ataques, seguida pela Itália com 25% e Alemanha com 11%.

As PME que não adotam estratégias eficazes e não dispõem de recursos especializados são as mais afetadas. Muitos gestores de TI nas empresas europeias expressam preocupações sobre a sua proteção.

Muitas desejam melhorar a sua capacidade de resposta a incidentes (33%), e 31% duvidam da suficiência da proteção dos seus sistemas. Além disso, há uma necessidade de compreensão sobre o que os colaboradores precisam saber para enfrentar ciberameaças (32%); quais as ferramentas realmente necessárias (26%); a legislação e requisitos normativos aplicáveis (23%); e como garantir visibilidade na cloud e realizar avaliações de vulnerabilidades (22%).

De forma alarmante, 28% dos inquiridos não confiam nas avaliações de risco dos seus fornecedores, questionando a realidade das mesmas para empresas do seu porte.

A dúvida paira: as PME sabem realmente como proteger os seus negócios? "Um dos erros mais comuns em cibersegurança é conceber estratégias que funcionam no papel, mas não na prática. A nossa investigação mostra que dois em cada três responsáveis de TI ainda não implementaram de forma eficaz as medidas que planeiam, o que os deixa expostos a ataques cada vez mais direcionados às PME", afirma Oscar Suela, diretor-geral da Kaspersky Ibéria.

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