Mercado das residências de marca obtém crescimento global de 19% em 2025

A consultora Savills prevê ainda uma expansão significativa do conceito até 2032, com entrada em 25 novos países e a adição de 837 projetos que elevarão o total global para 1.747 empreendimentos.
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O segmento global de branded residences deverá crescer 19% em 2025, passando para 910 projetos no final do ano, contra 764 registados em dezembro de 2024, segundo o relatório Global Residential Development Consultancy da Savills.

A consultora prevê ainda uma expansão significativa do conceito até 2032, com entrada em 25 novos países e a adição de 837 projetos que elevarão o total global para 1.747 empreendimentos.

“O dinamismo do setor mostra poucos sinais de abrandar e os dados mais recentes apontam para a entrada de mais 837 projetos no mercado até 2032, elevando o total global para 1.747 empreendimentos”, afirmou Louis Keighley, Head of Global Residential Development Consultancy da Savills.

O estudo destaca uma diversificação de formatos — desde empreendimentos costeiros com serviços personalizados até penthouses em arranha‑céus — e assinala desempenho consistente em mercados urbanos consolidados (Dubai, Miami, Londres e Nova Iorque) e em destinos costeiros como Phuket, Los Cabos e Comporta.

A Savills sublinha a internacionalização do conceito e a sua capacidade de atrair compradores e investidores em diferentes geografias.

Países como Geórgia, Paquistão e Arménia deverão integrar o mapa de branded residences até 2032, enquanto o pipeline incluirá 39 novas marcas hoteleiras e 19 marcas não hoteleiras.

As maiores cadeias hoteleiras — nomeadamente Marriott e Accor — continuam a dominar o mercado, suportadas por portefólios multimarca que englobam dezenas de insígnias.

A consultora identifica também um crescente apelo de marcas não hoteleiras, especialmente do universo da moda, restauração e automóvel, e refere a entrada de novas categorias — media, música e arte — com nomes como Elle, Pharrell Williams e Louvre.

A Savills antevê ainda uma futura diversificação com marcas ligadas ao desporto, gaming e cinema.

Em termos regionais, a Ásia‑Pacífico registou um aumento de 55% no número de projetos nos últimos cinco anos, impulsionado por mercados como Vietname, Tailândia e Índia.

O Médio Oriente e o Norte de África foram os que mais cresceram (187% no mesmo período), liderados pelo Dubai e pelos mercados do Golfo. Em África, o relatório identifica dez novos projetos com conclusão prevista até 2026.

Na Europa e na América Latina e Central, foram contabilizados mais de 50 novos empreendimentos no último ano.

Sobre Portugal, Paula Sequeira, Director Consultancy & Valuation da Savills, afirma que o país "tem vindo a consolidar‑se como um dos principais destinos residenciais no segmento high‑end e luxury".

O território nacional tem conseguido atrair e acolher "projetos cada vez mais sofisticados, caracterizados pela associação a marcas de elevado posicionamento, tanto do universo hoteleiro como do lifestyle". Segundo Paula Sequeira, esta dinâmica tem reforçado o estatuto de Portugal na Europa, embora o país ainda tenha potencial de crescimento neste segmento.

O relatório conclui que o mercado global de branded residences tende a uma distribuição mais equilibrada entre regiões, prevendo‑se que nenhuma venha a concentrar mais de um quarto da oferta mundial até 2032.

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