O mercado mundial de ‘smartphones’ poderá cair 2,1% em 2026, devido ao impacto negativo esperado sobre a procura e aumento dos preços em consequência dos maiores custos dos componentes de produção, segundo um relatório da Counterpoint Research.Esta projeção negativa para o segmento de ‘smartphones’ contrasta com o crescimento de 3,3% registado em 2025 e representa uma revisão em baixa de 2,6 pontos percentuais da anterior estimativa da consultora.Como resultado do impacto dos custos e da reestruturação do portfólio, a Counterpoint espera que os preços médios de venda subam 6,9% no próximo ano, em contraste com o aumento de 3,9% da previsão anterior, publicada em setembro.Neste sentido, a consultora aponta que os fabricantes chineses como a HONER, OPPO e Vivo registariam as maiores diferenças em relação às estimativas anteriores, enquanto os fabricantes mais bem posicionados para enfrentar a escassez de oferta serão aqueles com escala e produtos mais amplos, especialmente no segmento de gama alta.“O que estamos a ver agora é que o segmento inferior do mercado (abaixo de 200 dólares, cerca de 170 euros) é o mais afetado, com um aumento dos custos da lista de materiais de 20% a 30% desde o início do ano”, afirmou o diretor de investigação da Counterpoint Research, MS Hwang, acrescentando que os segmentos de gama média e alta “tiveram aumentos de preços de 10% a 15%”.Assim, considera que a Apple e a Samsung “são as empresas mais bem posicionadas para enfrentar os próximos trimestres”, sublinhado a dificuldade para outros fabricantes que não têm tanta margem de manobra para gerir a quota de mercado face às margens de lucro.A previsão da Counterpoint Research soma-se às publicadas no início de dezembro, que antecipam uma contração de 0,9% devido à escassez de componentes e aos ajustes no ciclo de produção.“Espera-se que a atual escassez mundial de memória limite a oferta e eleve os preços, o que afetará de forma mais significativa os dispositivos Android de gama baixa e média, uma vez que continuam a ser mais sensíveis aos preços”, alertou a consultora, que elevou o preço médio de venda em 2026 para 465 dólares (cerca de 396 euros), com o mercado mundial a atingir um valor recorde de 578,9 mil milhões de dólares (492,88 mil milhões de euros)..Apple destrona Samsung. Como a maçã conseguiu a liderança global de 'smartphones'