A Nvidia criou uma ferramenta que permite identificar o país onde as suas unidades de processamento gráfico (GPU) estão a funcionar, numa tentativa de evitar o contrabando para destinos com exportação proibida. A tecnologia estará inicialmente disponível para os chips Blackwell.A informação foi avançada pela Reuters e confirmada pela própria Nvidia, que diz estar “em processo de implementação” de um novo serviço de software destinado a operadores de centros de dados. A empresa explica que a solução permite “monitorizar a integridade e o inventário de toda a sua frota” de GPUs e que “utiliza a telemetria GPU para monitorizar a saúde, a integridade e o inventário da frota”.Fontes referidas pela agência noticiosa indicam que a funcionalidade surge como opção instalável pelos clientes e, para já, contempla os processadores Blackwell, os mais avançados da Nvidia. A empresa avalia, contudo, a possibilidade de estender a tecnologia a gerações anteriores de chips.A iniciativa surge num contexto de preocupação política nos Estados Unidos sobre o desvio de tecnologia sensível para países sujeitos a restrições. A Reuters nota que um eventual lançamento público da ferramenta poderia tranquilizar reguladores norte‑americanos, mas também provocar atrito com as autoridades chinesas, que no passado questionaram a Nvidia sobre potenciais “backdoors” nos seus produtos.Entretanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou recentemente a exportação dos chips H200 para a China, impondo, porém, uma taxa de 25% sobre essas vendas — os H200 são tecnologicamente menos avançados do que os Blackwell.."Soberania de dados". HPE e Nvidia unem-se para lançar primeira fábrica de IA na União Europeia