"Qualquer ponto percentual é muito relevante". Continente quer ganhar espaço no retalho

O administrador da MC salienta que o setor está marcado por um elevado grau de competição e, por isso, o propósito de ganhar quota de mercado é "muito ambicioso".
Da esquerda para a direita, José Fortunato, administrador da MC, João Marques Silva, co-CEO da Galp e Daniel Beato, administrador executivo da NOS
Da esquerda para a direita, José Fortunato, administrador da MC, João Marques Silva, co-CEO da Galp e Daniel Beato, administrador executivo da NOS
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A marca Continente quer ganhar espaço no setor do retalho e, nesse âmbito, "qualquer ponto percentual é muito relevante". Recorde-se que a quota de mercado fixou-se nos 27% em 2024.

A garantia é do administrador da MC, José Fortunato, que reitera que a marca quer "manter a tendência de ganhar quota de mercado", mas sublinha que este é um objetivo que, por si só, é "muito ambicioso".

As declarações foram feitas à margem do anúncio de uma parceria entre o Continente, a NOS e a Galp. Em causa está um programa "permanente" que vai entrar em vigor na próxima semana e permitirá poupar nas faturas entre as três marcas.

O Programa Combina substitui o plano de poupanças que liga Galp e Continente. Os descontos serão exclusivos para quem usa o cartão de cliente desta última insígnia, que já gerou poupanças no valor de "qualquer coisa como mil milhões de euros" nos últimos três anos, de acordo com o responsável. Em causa vão estar um conjunto de descontos que "são cumulativos com os cupões que o Continente já oferece".

De acordo com o administrador executivo da NOS, Daniel Beato, esta parceria permite "mais que o valor da fatura da NOS em descontos no Continente ou na Galp". Na perspetiva do próprio, a "oferta de valor" da operadora sai, assim reforçada.

Nas mesmas declarações, lembrou o surgimento de "novas marcas de telecomunicações a entrar no mercado, com segmentação entre low cost e mass market", ainda que não tenha referido nomes em concreto. Dito isto, reconheceu que esta parceria é uma "resposta" à atual dinâmica de mercado.

Em simultâneo, a NOS tem o objetivo de "continuar a crescer em quota de mercado", sublinhou, ainda que sem revelar números. Recorde-se que as receitas consolidadas atingiram 1.336,9 milhões de euros entre janeiro e setembro de 2025, o que significa um crescimento de 2% em termos homólogos.

O próprio lembrou ainda a aposta que a empresa está a fazer na rede 5G, que vai chegar a todos os municípios portugueses "durante o primeiro trimestre do próximo ano". Neste âmbito, apontou para os planos de investimento na ordem de "mais de 350 milhões de euros em infraestrutura de rede", em 2025.

No que diz respeito à Galp, estão incluídos os combustíveis, a mobilidade elétrica e as energias ligadas à casa (gás e eletricidade). João Marques Silva, em representação da empresa, estabelece o objetivo de "atingir meio milhão de clientes" no prazo de um ano.

As três marcas, que trabalham com telecomunicações, retalho e energia juntaram-se para oferecer um "plano de poupança" e esclarecem que o mesmo veio para ficar.

As funcionalidades foram apresentadas aos jornalistas numa sessão realizada na manhã desta quarta-feira, dia 17 de dezembro. O programa já tem site próprio, no qual é possível fazer simulações dos descontos. Estes ficam limitados a um máximo de descontos de 450 euros mensais e envolve três possíveis modalidades.

A primeira envolve a associação de um serviço da Galp Casa (eletricidade e gás) ou um pacote NOS. Permite descontos de 2% no Continente e de 20 cêntimos por litro em combustível da Galp.

Os consumidores que acumulem dois serviços da Casa Galp ou um destes juntamente com um pacote NOS, terão direito a descontos de 5% no Continente e 25 cêntimos por litro em combustíveis. Por último, a junção de três serviços (todos da Galp Casa ou dois a três da Galp Casa e um pacote NOS) vai significar poupanças de 10% no Continente e 30 cêntimos por litro ao abastecer numa estação de serviço Galp.

O programa vai ser lançado no dia 26 de dezembro e permitirá a associação dos serviços das três entidades, independentemente de ser mais ou menos recentes.

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