Setor dos 'data centers' vai contribuir com 3,7 mil milhões para o PIB em 2031, aponta estudo

De acordo com um estudo da Portugal DC com a Pb7 Research, o setor deverá empregar 9.400 pessoas até 2031. Os investimentos devem atingir 13 mil milhões de euros pela mesma altura.
A explosão da Inteligência Artificial está a alavancar a construção de gigantescos centros de dados.
A explosão da Inteligência Artificial está a alavancar a construção de gigantescos centros de dados. D.R.
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O setor dos centros de dados irá contribuir com 3,7 mil milhões de euros para o produto interno bruto (PIB) de Portugal em 2031, segundo um estudo da Portugal DC com a Pb7 Research.

Segundo o documento hoje divulgado, intitulado Data Centers Market Outlook - 2025, prevê-se que “o contributo do setor para o PIB passará dos 160 milhões de euros registados em 2024 para 3,7 mil milhões de euros em 2031”.

Em termos de empregos, lê-se que o setor dos ‘data centers’ já é responsável por 2.800 empregos diretos e indiretos. Porém, a previsão é que contribuam com cerca de 9.400 postos de trabalho até 2031.

Relativamente a investimento, o estudo antecipa investimentos acumulados de cerca de 13 mil milhões de euros até 2031, abrangendo “quer o desenvolvimento ‘greenfield’, quer a remodelação, especialmente nas zonas de Lisboa, Sines e nas restantes regiões emergentes”.

“Quase todas as instalações são suportadas por energia elétrica e utilizam, de forma crescente, energia proveniente de fontes renováveis, graças à oferta de energias verdes de que o país dispõe”, lê-se no documento.

No entanto, o aumento do consumo de energia, “que deverá atingir os 8,5 TWh até 2031, exige um planeamento cuidadoso tendo em vista evitar o congestionamento futuro da rede elétrica e garantir um crescimento que seja sustentável”.

Prevê-se ainda que o fornecimento total de energia para tecnologias de informação (TI) cresça mais de 40 vezes, atingindo 1,5 GW.

A disponibilidade de energia renovável e de terrenos em Portugal “torna o país especialmente atrativo” para o tipo de operações, “sobretudo quando comparado com os centros congestionados do Norte da Europa”.

“Campus dotados de elevada capacidade energética na ordem dos gigawatts, como o Start Campus em Sines, representam a nova vaga de infraestruturas de dados”, lê-se.

Com a localização geográfica “privilegiada” de Portugal na costa atlântica, conjugada com as densas redes de fibra ótica e a infraestrutura de cabos submarinos, o país posiciona-se como “um ‘digital gateway’ único, com capacidade de ligar a Europa às Américas, a África e à Ásia”.

O estudo surge de um “pesquisa documental extensa para criar uma base de dados sólida sobre os ‘data centers’, permitindo identificar as principais tendências e evoluções do setor”.

Essa base serviu de “ponto de partida para a criação de modelos que quantificam o mercado dos ‘data centers’ e o seu impacto social e económico”.

O trabalho será publicado num livro que será apresentado publicamente no dia 23 de outubro, em Lisboa, no Portugal Digital Summit.

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