Os sindicatos Sitava e STHAA reúnem-se hoje com o Governo para debater a situação da Menzies, após um concurso para assistência em escala nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro ter preliminarmente atribuído as licenças a outra empresa.O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) e o Sindicato dos Trabalhadores de Handling, da Aviação e Aeroportos (STHAA) têm na agenda para o encontro "a decisão da ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil] relativamente às licenças, o futuro da SPdH [Menzies] e dos seus quase quatro mil postos de trabalho", disse à Lusa Fernando Henriques, do Sitava."Esperamos garantias sobre o futuro da SPdH [Menzies], os postos de trabalho e os direitos adquiridos", salientou, apontando "compromissos já assumidos pela Menzies para o futuro AE [acordo de empresa] em 2026"."Na defesa desses pressupostos não excluímos nenhuma forma de luta", disse o dirigente sindical, admitindo greves e manifestações.No relatório preliminar do concurso, a que a Lusa teve acesso, o júri liderado por Sofia Simões deu uma classificação de 95,2523 ao agrupamento Clece/South, do universo Iberia, tendo a Menzies (antiga Groundforce) terminado com uma classificação de 93,0526.O relatório preliminar emitido pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) apontou que, na escolha do vencedor, um dos critérios passava pela apresentação de quadros com a identificação do número mínimo de meios materiais (NMM) e de meios humanos (NMH) "a serem afetos às atividades de assistência a bagagem, assistência a carga e correio e assistência a operações em pista, por aeroporto, para dois cenários teóricos".E foi neste ponto, designado de exercício teórico com dois cenários por aeroporto, que o consórcio espanhol Clece/South registou melhor pontuação do que a Menzies, sendo que nos outros critérios de avaliação - meios materiais e meios humanos - as pontuações são iguais."A Menzies lamenta este resultado e não concorda com a classificação atribuída", assegurou, indicando que acredita que a sua proposta "apresenta excelência operacional comprovada, continuidade e uma força de trabalho plenamente qualificada, composta por mais de 3.500 colaboradores que, de forma consistente, têm prestado serviços de elevada segurança e qualidade aos clientes e à comunidade", disse a empresa, numa nota, na semana passada. .A um passo de perder as licenças, Menzies abre guerra a novo operador