STT critica despedimentos injustos na Teleperformance e solicita intervenção das autoridades competentes

Comunicação do despedimento foi feita por videoconferência com uma mensagem gravada do CEO da empresa, Pedro Gomes. STT condena a "forma desumana e vergonhosa" como este processo foi conduzido.
STT critica despedimentos injustos na Teleperformance e solicita intervenção das autoridades competentes
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O Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) expressou esta quinta-feira, 16 de outubro, a sua "total solidariedade com os cerca de 240 trabalhadores da Teleperformance" que estão a ser alvo de um processo de despedimento abrupto e considerado injusto.

A comunicação do despedimento foi feita através de uma videoconferência com uma mensagem gravada do CEO da empresa, Pedro Gomes.

O STT condena a "forma desumana e vergonhosa" como este processo foi conduzido, descrevendo as comunicações como impessoais e sem diálogo prévio. O sindicato sublinha que os profissionais afetados "com o seu esforço e dedicação, consolidaram a posição da empresa como líder no setor dos serviços de contacto em Portugal".

Além disso, o STT alerta que este despedimento "é o reflexo das fragilidades estruturais da proteção laboral no nosso país", especialmente em setores marcados por "altos níveis de precariedade, subcontratação e rotatividade". O sindicato destaca que "quando 240 pessoas podem ser dispensadas de forma fria e unilateral, sem garantias efetivas de proteção", está em causa não apenas o futuro de cada trabalhador, mas também a sua dignidade e respeito.

O STT considera inaceitável que "uma multinacional com lucros expressivos e presença global trate os seus trabalhadores como números descartáveis". Por isso, exige a "imediata suspensão deste processo" e pede a intervenção urgente das autoridades competentes, como a Autoridade para as Condições do Trabalho e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O sindicato faz um apelo a todos os sindicatos, uniões e à CGTP para que "juntamente organizem a resistência e a luta" e criem uma onda de solidariedade com os trabalhadores afetados, afirmando que "não pode ficar nenhum trabalhador para trás".

Por fim, o STT alerta para a falta de proteção laboral em Portugal e reafirma a necessidade de derrotar o Pacote Laboral do governo PSD/CDS, que, segundo eles, visa desproteger ainda mais os trabalhadores contra os despedimentos.

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