TAP com lucros de 55,2 milhões nos primeiros nove meses do ano

Em comunicado, a companhia refere que as receitas operacionais até setembro chegaram aos 3.281,3 milhões de euros.
TAP com lucros de 55,2 milhões nos primeiros nove meses do ano
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A Transportadora Aérea Portuguesa teve um lucro de 55,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, anunciou a companhia.

Em comunicado, a TAP refere que as receitas operacionais até setembro chegaram aos 3.281,3 milhões de euros, mais 15,4 milhões (+0,5%) do que no período homólogo.

Em relação ao terceiro trimestre, segundo os dados divulgados, os resultados líquidos foram positivos e atingiram 126 milhões de euros.

Até setembro, a TAP transportou um total de 12,7 milhões de passageiros, um aumento de 2,9% face ao mesmo período de 2024.

O número de voos operados registou um ligeiro crescimento homólogo de 0,7%, praticamente em linha com o período anterior.

A capacidade aumentou 3% face aos primeiros nove meses de 2024 e a taxa de ocupação cresceu 1,3 pontos percentuais, chegando aos 84,2%.

Os custos operacionais recorrentes aumentaram 4,3%, atingindo os 3.054 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) recorrente chegou aos 592 milhões nos primeiros nove meses do ano, com uma margem de 18,0%, caindo 73,5 milhões (-11,0%) face ao período homólogo.

Em comunicado, a companhia aérea diz que, este ano, teve “um dos verões mais movimentados”, com o aumento da capacidade (+4%), com mais passageiros transportados (+4%) e mais voos operados (+1%) face ao verão de 2024.

Ainda assim, “foi também um dos mais desafiantes”, reconhece a TAP, que fala em “várias disrupções operacionais”, nomeadamente constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais e no espaço aéreo europeu, influenciando a performance operacional e a satisfação dos clientes.

A 30 de setembro de 2025, a TAP apresentava uma posição de liquidez de 1.025,6 milhões de euros, um aumento de 373,9 milhões face a 31 de dezembro de 2024.

Citado em comunicado, o presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, indica que a transportadora “apresentou uma performance sólida no terceiro trimestre, com um aumento de receitas, impulsionadas por um contributo relevante da Manutenção”, acrescentando que os resultados operacionais foram “sólidos” e que o resultado líquido “compensou integralmente as perdas do primeiro semestre”.

Sublinha que se tratou de um verão “marcado por pressões concorrenciais persistentes e disrupções operacionais, desde greves, principalmente no handling, e constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais, até restrições no espaço aéreo europeu e eventos meteorológicos adversos”, que “continuam a afetar” a operação da TAP.

Lembra que durante este trimestre o acionista aprovou o início do processo de privatização parcial do capital da empresa, reconhecendo que o processo “deverá prolongar-se por vários trimestres” e que o foco da transportadora aérea nacional se mantém: “transformar a TAP numa empresa sustentadamente rentável e atrativa, consolidando a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira”.

Quanto a perspetivas para o último trimestre do ano, as reservas mantêm-se robustas, ligeiramente acima do ano anterior, num contexto de aumento da capacidade e de uma clara tendência para janelas de reserva mais curtas.

Na nota, a companhia indica que a pressão concorrencial nos principais mercados deverá manter-se, continuando a condicionar a evolução das receitas unitárias.

“O foco permanece em maximizar a qualidade das receitas nos principais mercados, através de ‘Load Factor’ [taxas de ocupação] fortes, tirando partido da vantagem geográfica e da rede única da TAP para manter a sua posição de liderança”, acrescenta.

Apesar dos atrasos na entrega de aeronaves e em toda a cadeia de abastecimento, a estratégia de modernização da frota continua a avançar, com a entrega prevista de uma aeronave Airbus NEO até ao final do ano, acrescenta a nota.

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