O grupo Volkswagen registou um prejuízo 1,3 mil milhões de dólares no terceiro trimestre. As tarifas castigaram a empresa e a escassez de chips pode gerar mais problemas num futuro próximo.O setor automóvel atravessa um período de enormes dificuldades, de tal forma que a própria Volkswagen tem planos para encerrar várias fábricas na Alemanha. A empresa procura cortar custos, de forma a tornar a operação mais eficiente.Na origem está, à cabeça, a fraca procura por automóveis elétricos, sobretudo no mercado europeu. Em simultâneo, surgem as quedas de vendas nos EUA e na China, que empurram as contas para terreno negativo. De resto, a VW estabeleceu parcerias com com a americana Rivian Automotive e com a Chinesa Xpeng, já que procura reforçar a presença em ambos os mercados.De resto, o recuo da Porsche (subsidiária do grupo) na produção de carros elétricos saiu caro à Volkswagen, que se viu forçada a desembolsar 4,7 mil milhões de euros. Trata-se de um valor que se aproxima da despesa ligada às tarifas dos EUA, que deverá ascender aos 5 mil milhões em 2025, de acordo com as contas.Margens mantêm-se... se o contexto internacional não piorarNas contas agora divulgadas, a empresa alemã mantém a orientação anual para uma queda de 6% a 8% nas vendas, à escala global. Ainda assim, alerta que, para que tal aconteça, será necessário que a Volkswagen continue a receber chips da Nexperia, que são exportados pela China. Ora, o contexto de guerra comercial, travado sobretudo entre aquele país e os EUA, está a levantar dúvidas a este respeito. A problemática coloca-se não apenas à fabricante alemã, mas a toda a indústria automóvel de forma geral, numa altura em que atravessa outras dificuldades..Automóvel: Políticos exigem que indústria participe nos custos do prémio ao abate de veículos