A física quântica estuda os átomos e as partículas subatómicas.
A física quântica estuda os átomos e as partículas subatómicas.

Tecnologias quânticas devem representar 93 mil milhões em 2035 mas adoção é lenta

Conclusão parte de um estudo da OCDE. Na última década, o número de famílias de patentes internacionais (FPI) no domínio quântico aumentou cinco vezes.
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O mercado global das tecnologias quânticas deverá representar 93.000 milhões de euros em 2035, mas a sua adoção é lenta e marcada por desafios, revelou um estudo publicado pela Organização Europeia de Patentes (OEP) e pela OCDE.

“As tecnologias quânticas têm o potencial de transformar a forma como processamos a informação, comunicamos e medimos o mundo que nos rodeia, com aplicações que vão da defesa à saúde […]. No entanto, a sua adoção comercial continua lenta e marcada por desafios significativos”, indicou, em comunicado a OEP e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

O mercado global das tecnologias quânticas deverá representar 93.000 milhões de euros até 2025, apontou a mesma análise, ressalvando que existe uma “necessidade urgente de estratégias de escala” para que a Europa transforme o seu “dinamismo científico e liderança de mercado”.

Na última década, o número de famílias de patentes internacionais (FPI) no domínio quântico aumentou cinco vezes.

Os principais subsetores são a comunicação quântica, computação quântica e sensores quânticos.

A computação quântica teve o maior crescimento em termos de FPI, multiplicando por quase 60 os seus números desde 2005.

Entre 2005 e 2024, foram geradas cerca de 9.740 FPI relacionadas com a quântica.

Os EUA lideram, seguidos pela Europa, Japão, China e República da Coreia.

Já na Europa, os principais países no que se refere ao número de patentes quânticas são Alemanha, Reino Unido e França.

Contabilizam-se mais de 4.500 empresas do ecossistema quântico, sendo que menos de 1.000 destas são exclusivamente focadas em tecnologias quânticas.

A Europa tem um dos maiores aglomerados de empresas nucleares quânticas, destacando-se países como o Reino Unido (onde 46% das empresas quânticas são nucleares), Países Baixos (38%) e França (30%).

No período em causa, os principais requerentes de FPI foram a IBM, LG, Toshiba, Intel e Microsoft.

A colaboração entre organizações públicas de investigação, ‘startups’ (empresas com rápido potencial de crescimento económico) e grandes empresas é, “cada vez mais importante”, para a inovação na área da quântica.

Entre os principais desafios enfrentados pelo setor está o aumento da concentração e dependência das cadeias de abastecimento globais de componentes críticos.

Por outro lado, estas empresas precisam de garantir o fornecimento de componentes técnicas especializadas e de promover a integração de competências para apoiar a comercialização.

O estudo ‘Mapping the global quantum ecosystem’ teve por base dados da OCDE e da OEP.

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