Um estudo da Deloitte revela que quase um terço das empresas em Portugal, especificamente 28%, admitiram ter sido alvo de fraude no último ano. As formas mais comuns de fraude incluem fraudes em meios de pagamento (45%), apropriação indevida de ativos (38%) e ataques cibernéticos (34%).A maioria das organizações já implementou mecanismos para prevenir e detectar fraudes, com 91% a utilizar canais de gestão e monitorização de denúncias, um aumento de sete pontos percentuais em relação a 2024. Gonçalo Quintino, partner da Deloitte, afirma que “existe uma maior consciencialização por parte das empresas para a fraude e a corrupção,” e ressalta a importância de continuar a investir em mecanismos de deteção de fraude.Além disso, 97% das empresas cumprem os requisitos do Regime Geral da Prevenção da Corrupção, incluindo a implementação de códigos de conduta e canais de denúncia. No entanto, apenas 10% possuem a certificação ISO 37001, que ajuda na prevenção de subornos.Embora mais de três quartos das empresas não utilizem ferramentas tecnológicas para deteção de fraude, 22% recorrem a analytics para identificar padrões de fraude. O estudo também indica que 56% das empresas acreditam que eventos de fraude impactam negativamente a sua posição financeira, estimando um impacto entre 0,5% e 2% da receita.Apesar disso, a resposta das organizações a eventos adversos tende a ser reativa, com 72% das inquiridas não dispostas a investir mais de 25 mil euros em tecnologia de deteção de fraudes no próximo ano. Apenas 11% estão preparadas para investir mais de 75 mil euros nessas soluções..Visa diz ter prevenido mais de mil milhões de dólares em tentativas de fraude global