Ingressaram para o setor das administrações públicas mais 10 885 trabalhadores, no segundo trimestre do ano, o que representa um aumento de 1,5% face ao período homólogo do ano passado. Ao todo, o Estado emprega 741 698 funcionários, é o valor mais elevado desde 2011, segundo a síntese estatística do emprego público divulgada esta terça-feira. Ainda assim, verifica-se um abrandamento no crescimento do emprego estatal, já que, no trimestre anterior, o aumento tinha sido de 2,2% também em termos homólogos.
Esta subida de 1,5% no emprego público, comparativamente com o mesmo período de 2021, resultou essencialmente do aumento de 1,1% da força laboral na administração central, correspondente a mais 6 263 postos de trabalho, e na administração local, que criou mais 2 954 postos de trabalho, um crescimento de 2,3%, justifica o relatório.
Se compararmos estes dados com o primeiro trimestre deste ano, verifica-se que a subida do emprego público foi bem menos expressiva, de 0,1%, a que corresponde mais 550 postos de trabalho. Neste caso, foi sobretudo o aumento das contratações na administração local (mais 1 213 postos de trabalho), nomeadamente nas câmaras municipais, para onde ingressaram mais 901 trabalhadores, que impulsionou o crescimento do emprego, já que na administração central se registou uma diminuição de 912 trabalhadores, menos 0,2% face ao trimestre anterior.
Esta queda, em comparação com o trimestre anterior, do empregos nos serviços centrais do Estado registou-se sobretudo na área governativa da Saúde, que eliminou 1 460 postos de trabalho, nomeadamente na carreira de médico, de assistente operacional e de enfermeiro.
Em sentido inverso, na Administração Interna, entraram mais 1 289 profissionais, refletindo as contratações a termo de vigilantes da floresta, que apresentam uma natureza sazonal, bem como de guardas da GNR.
Em relação ao ganho médio mensal dos trabalhadores do Estado, este valor fixou-se nos 1819 euros em abril, um crescimento de apenas 0,1% face ao trimestre anterior e de 1% comparativamente com o período homólogo do ano passado, segundo as estimativas da síntese do emprego público. Ora, em janeiro, a evolução dos salários médios foi de 0,6%, em termos homólogos, e de 0,9%, face ao último trimestre de 2021.