Estes cursos têm emprego a 100% e não são de engenharia

Formação associada ao turismo, no Porto, teve no ano passado uma taxa de sucesso superior à da informática.
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O crescimento sustentado do turismo em Portugal nos últimos cinco anos está a gerar impactos em várias frentes. Um dos efeitos fez-se notar, por exemplo, na formação em hotelaria. No caso concreto da Fundação da Juventude, os cursos proporcionados no Porto nesta área tiveram uma taxa de empregabilidade de 100%.

Em entrevista ao Dinheiro Vivo, o presidente do organismo, Francisco Maria Balsemão, especificou que, no ano passado, foram colocados todos os 173 jovens que frequentaram formações nas áreas de hotelaria, nomeadamente de técnico de cozinha, pastelaria e técnico de restaurante e bar.

“Com o crescimento do turismo é fundamental ter pessoas bem preparadas para receber os turistas, daí o curso e a sua aceitação por parte das empresas”, justificou Francisco Maria Balsemão.

Os cursos na área do turismo ficaram, assim, à frente de outros, como os das ciências informáticas, onde a taxa de empregabilidade rondou os 82%.

Já na delegação de Lisboa, os cursos de formação profissional ministrados a 190 jovens, nas áreas de esteticista, técnico comercial, vendas, informática, entre outros, a taxa de empregabilidade foi de 90%.

Novidade: estágios em startups

Para Francisco Maria Balsemão, “este é um contributo da instituição, desde 2009, na promoção e integração dos jovens na vida ativa”, sempre na procura de “adequar as formações aos tempos, indo de encontro às necessidades das empresas”.

É desta forma que a Fundação contribui para a diminuição do desemprego. “A missão de preparar os jovens para a vida ativa tem, desde há muito, dois vetores principais na Fundação: a formação profissional e o empreendedorismo. Fomos os primeiros a criar um ninho de empresas na década de 90 e, mais recentemente, os estágios para estudantes do Ensino Superior”, salienta o dirigente.

No caso do programa de estágios de verão para estudantes do Ensino Superior nas empresas, o objetivo foi valorizar o currículo, refere o presidente da instituição, adiantando que, no ano passado, concretizaram-se 374 estágios em 178 entidades de acolhimento, com uma taxa de empregabilidade 22,5%.

Para este ano, a parceria da Fundação com o Santander Totta vai evoluir para o Programa de Estágios StartUp Santander Jovem, que vai proporcionar, ao longo do ano, a 50 jovens licenciados ou mestres, estágios em startups durante três meses, “sendo um forte contributo facilitar o acesso ao primeiro emprego de diplomados do Ensino Superior e também por dotar as startups de novos talentos recém-formados”. Até aqui, a parceria entre as duas instituições dirigiu-se a licenciados, tendo sido atribuídas, no ano passado, 125 bolsas de estágio, com uma taxa de empregabilidade de 50%.

Em termos de empreendedorismo, os Ninhos de Empresas (NIDE) da Fundação da Juventude estão integrados na Rede Nacional de Incubadoras e acreditados para a Prestação de Serviços de Incubação, no âmbito dos projetos de “Vale incubação”. No NIDE Porto, estão dez empresas, com 24 colaboradores e, no de Lisboa, 15 empresas, com 45 colaboradores.

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