
Os Estados Unidos anunciaram hoje que vão reativar as sanções contra o setor petrolífero e do gás venezuelano, denunciando o incumprimento por Caracas dos compromissos assumidos tendo em vista as eleições presidenciais deste ano na Venezuela.
"Na ausência de progresso (...) incluindo permitir que todos os candidatos presidenciais concorram nas eleições deste ano, os Estados Unidos não renovarão a licença (autorizando a compra de petróleo e gás venezuelano) quando esta expirar em 18 de abril de 2024", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.
O Governo norte-americano considera que “as ações de Nicolas Maduro e dos seus representantes na Venezuela, incluindo a prisão de membros da oposição democrática e a proibição de candidatos concorrerem nas eleições presidenciais deste ano, são inconsistentes com os acordos” assinados pelos representantes do Presidente venezuelano e da Plataforma Unitária.
O Departamento de Estado assegura que os Estados Unidos continuam empenhados em apoiar o diálogo entre as partes e a colaborar com a comunidade internacional para assegurar o respeito pelo Acordo de Barbados.
O Acordo de Barbados é uma série de pactos firmados pelo Governo venezuelano e pela oposição naquele país sul-americano para a promoção de eleições limpas e justas em 2024.
“O acordo sobre o roteiro eleitoral de Barbados continua a ser o mecanismo mais viável para resolver a crise política, económica e humanitária de longa data da Venezuela e para realizar eleições competitivas e inclusivas na Venezuela”, reconhece o Governo norte-americano.
Dessa forma, Washington garante que “exigirá que Maduro e os seus representantes defendam os princípios do roteiro e garantam que os atores políticos da oposição tenham a oportunidade de direito de selecionar livremente os seus candidatos para as eleições presidenciais de 2024”.