Exportações de vinho com quebra de 1,28% no primeiro semestre

Vendas ao exterior totalizam 432 milhões até junho, 5,6 milhões de euros a menos do que no período homólogo
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As exportações de vinho voltaram a cair em junho (-5,84%), fazendo com que, no acumulado do ano, o setor esteja a perder 5,6 milhões de euros comparativamente a igual período do ano passado. O presidente da ViniPortugal aponta o dedo à "falta de matérias-primas na produção e a problemas na distribuição".

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, o crescimento de 2,2% em valor nas exportações para os países extracomunitários não são suficientes para cobrir a quebra de 5,1% nos destinos comunitários. No acumulado, o setor vendeu ao exterior vinho no valor de 432 milhões de euros, menos 1,28% do que no primeiro semestre de 2021.

Na análise aos cinco principais mercados de destino dos vinhos portugueses, destaque para a perda de 682 mil euros em França (1º), de quase 2,5 milhões no Brasil (3º mercado) e de 3,7 milhões na Alemanha (5º). Já os Estados Unidos (2º) compraram quase um milhão de euros a mais do que o ano passado e o Canadá (4º maior destino) mais 1,227 milhões.

Angola, que chegou a ser o principal destino das exportações de vinho nacionais, está agora no 9º lugar e a crescer 55,2%: são mais 6,3 milhões de euros. O Japão, que ocupa a 15ª posição, está a crescer 21,6%.

"As exportações de vinho estão a cair há alguns meses, números que começámos a prever desde o momento em que os produtores registaram falta de matéria-prima na sua produção e problemas na distribuição. A conjuntura internacional é a principal causa desta contração, tendência do sector que surge, felizmente, só agora e que foi evitada nos últimos meses (e anos) graças à resiliência e dinâmica dos produtores nacionais. Recordo que estivemos a crescer a dois dígitos em grande parte do ano de 2021 e também no arranque de 2022. Como tal, acreditamos, ainda assim, que possamos terminar 2022 com um balanço positivo", refere, citado em comunicado, o presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão.

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