Faturação da MM Imóveis dispara 67% em 2024

A mediadora, que atua no Grande Porto, aposta no acompanhamento do cliente da primeira à última hora. O digital é a sua montra.
Miguel Mota é engenheiro civil de formação, mas a mediação imobiliária é a sua paixão. Foto: Pedro Granadeiro
Miguel Mota é engenheiro civil de formação, mas a mediação imobiliária é a sua paixão. Foto: Pedro Granadeiro
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A MM Imóveis, mediadora imobiliária com atividade centrada no Grande Porto, já soma uma faturação de 1,4 milhões de euros e ainda faltam dois meses para fechar o ano. A agência de Miguel Mota está a registar um crescimento de 67,7% face aos 832 mil euros faturados em todo o exercício de 2023. “É o resultado do bom trabalho feito nos últimos anos. Tivemos uma grande procura e boas angariações”, justifica o responsável. Por mês, a imobiliária está a vender cerca de 20 casas.

Miguel Mota, que constituiu a MM Imóveis em 2016, apostou nos meios digitais para alavancar o negócio. Como revela o fundador e proprietário, desde a primeira hora que “o digital é a montra da MM Imóveis”. O posicionamento na net é fundamental no setor, defende, e, por isso, a agência divulga a sua carteira de imóveis nos principais portais imobiliários. Mas também no Facebook, onde conta 37 mil seguidores, e no Instagram (34 mil). Loja física não tem, apenas um escritório. “Nunca fui apologista de ter uma montra de rua e já vejo muitas imobiliárias a fechar as suas lojas”, diz.

Na MM Imóveis, o foco está em oferecer um “serviço de excelência desde o momento da angariação até à escritura”. Como frisa Miguel Mota, a mediadora faz “o acompanhamento total do processo. Analisa o imóvel de forma a obter o melhor preço para o cliente, faz uma forte divulgação, apoia com um parceiro a concessão de crédito para aquisição da habitação” e vai até ao momento das assinaturas. O esforço de prestar “um bom serviço” tem garantido à agência “visibilidade nas redes sociais e impulsionado o passa a palavra”, frisa.

Neste momento, a MM Imóveis tem uma carteira de clientes a aguardar a casa ideal. “Querem comprar e não encontram”, sublinha Miguel Mota. “A crise habitacional é grande, a procura supera em muito a oferta”. Segundo revela, “é difícil encontrar um T2 novo por um valor inferior a 316 mil euros [o limite para que os jovens até aos 35 anos possam ter isenção de IMT e Imposto do Selo]. Um bom T2 usado pode custar 250 mil e já não se encontra em qualquer lado”. E os preços vão continuar a subir, vaticina.

A mediadora tem “uma grande aposta nos apartamentos usados, mas também tem casas novas e empreendimentos em exclusividade”. Neste momento, tem cerca de 200 imóveis em carteira para venda e vinte para arrendar. Segundo conta o responsável, os projetos que surgem no mercado são vendidos quase na totalidade em planta e depois esses investidores ou cedem a posição ou revendem o imóvel. Este movimento eleva os preços das casas “e os salários não acompanham”, dificultando a aquisição por parte das famílias.

A MM Imóveis opera em todo o Grande Porto, com destaque para as cidades do Porto, Gondomar, Maia, Gaia, Valongo, Paredes e Penafiel. Há cerca de três anos alargou a sua atuação aos três últimos concelhos referidos devido ao aumento dos preços nas cidades mais urbanas. Como frisa Miguel Mota, há moradias T3 por 340 a 360 mil euros nesses concelhos. “São opções a ter em conta”, sublinha. Na empresa trabalham nove pessoas, sete das quais comerciais, na qual Miguel Mota coloca bastante pressão “para todos serem vencedores”. 

Dado os resultados já alcançados este ano, o engenheiro civil de formação, que gosta mesmo é de mediação imobiliária, admite que 2025 seja mais difícil. “Temos de aumentar o grau de exigência para as vendas continuarem a subir.”

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