Finsolutia entra na corrida pela gestão de créditos tóxicos do BPN

Publicado a

A Finsolutia, empresa portuguesa de gestão de carteiras de créditos e imobiliário, é a sexta candidata no concurso público para a gestão dos créditos incobráveis que eram do Banco Português de Negócios (BPN) e que foram transferidos para a Parvalorem, um veículo do Estado antes da reprivatização do banco.

"Acreditamos que temos uma forte proposta de valor, oferecendo uma ótima

solução para a gestão dos ativos da Parvalorem. Somos uma equipa,

juntamente com a PwC, com experiência, com capacidade de recuperação de

créditos, com uma plataforma tecnológica muito avançada e temos uma

proposta tangível para atingir os objetivos do Governo que é o de

mitigar as perdas para os contribuintes", afirmou o presidente da

Finsolutia

Nuno Espírito Santo Silva sublinhou, numa apresentação com

jornalistas, que "a Parvalorem é um projeto interessante".

Apesar de salientar que o valor da carteira de créditos que está na Parvalorem é restrito e de não haver informação detalhada sobre montantes ou credores, o responsável revelou que "o valor da carteira é de cerca de 4 mil milhões de euros" e que "a proposta tem de ser entregue até ao próximo dia 27 de maio".

Após esse dia, o Estado dispõe de 180 dias para anunciar o vencedor ou vencedores que terão, posteriormente, 45 dias para fazer um 'bussiness plan'.

O concurso público para escolher a ou as empresas que vão gerir os ativos tóxicos do BPN está dividido em quatro lotes: créditos de empresas

que apresentem garantias hipotecárias; créditos de empresas sem

garantias; créditos de particulares ou

empresários em nome individual com garantias hipotecárias; créditos

de particulares ou empresários em nome individual sem garantias.

Recorde-se que este concurso lançado pelo Governo teve como objetivo selecionar uma

entidade para gerir os créditos do antigo BPN (de cerca de 4 mil

milhões de euros) que foram absorvidos pela sociedade-veículo

Parvalorem.

A gestora de créditos é a sexta candidata a recuperar o máximo possível

entre os mais de 4 mil milhões de euros de créditos tóxicos do BPN que

migraram para o erário público através da sociedade Parvalorem. Esta é a segunda fase do processo, em que são apresentadas as propostas de comissões cobradas pelos créditos recuperados. Na primeira fase passou pelo cumprimento de requisitos pelas entidades interessadas.

A empresa liderada por Nuno Espírito Santo Silva avança em consórcio com a PwC e entra numa corrida em que participam a Servdebt (uma empresa de gestão e recuperação de créditos em incumprimento) e a Whitestar (uma empresa de recuperação de créditos de cobrança duvidosa que opera em Portugal e fez parte do universo do banco de investimento Lehman Brothers). A estes dois nomes juntam-se mais dois que, segundo o Correio da Manhã, são a ECS Capital (empresa fundada pelo ex-presidente da CGD,

António de Sousa) e a Magnum Capital (empresa liderada por João Talone). Há um sexto e último interessado cujo nome é ainda desconhecido.

em atualização

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt