Fórum de Davos regressa após dois anos de interrupção - sem António Costa

O Fórum Económico Mundial regressa depois de mais de dois anos depois da última edição, um regresso marcado por um contexto de incerteza devido à guerra na Ucrânia.
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A última reunião do Fórum de Davos realizou-se em janeiro de 2020, quando celebrou 50 anos de existência, tendo sido depois interrompido devido à pandemia de covid-19.

A 51.ª edição, que decorre até quinta-feira, 26 de maio, será "a mais oportuna desde a sua criação" por todos os problemas que o mundo enfrenta e que põem à prova governos e negócios, indicaram os organizadores.

Nesta reunião são esperados mais de 2.500 participantes, incluindo cerca de 50 chefes de Estado e de Governo, mais do que os que participaram na edição anterior.

Ausente estará o primeiro-ministro português, António Costa. Aliás, neste ano não há representantes do governo em Davos, nem sequer a habitual representação do Ministério da Economia. A presença portuguesa limita-se aos dois grandes grupos de distribuição: Cláudia Azevedo, da Sonae, e do lado da Jerónimo Martins José e Henrique Soares dos Santos vão marcar presença. A liderar a portuguesa Galp, também Andy Brown passará pelo Fórum Económico Mundial que reúne o topo da economia, política e empresas do mundo.

Ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, coube fazer o discurso de abertura por videoconferência, anunciou o presidente do Fórum Económico Mundial, Borge Brende. A Ucrânia envia, no entanto, uma delegação oficial, que será liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, aproveitando a grande concentração de figuras importantes para defender a sua causa e lançar a discussão sobre a reconstrução do país.

"Em Davos vamos fazer o que estiver ao nosso alcance pela Ucrânia e para apoiar a sua recuperação", disse Klaus Schwab, fundador e diretor-executivo do fórum, na apresentação do programa da reunião.

Para esta edição não foi convidado qualquer representante do Governo ou de empresas russas.

A Europa está representada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pela presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, participando ainda o chanceler alemão, Olaf Scholz, entre outros.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também se desloca a Davos, onde são esperados mais de 30 ministros dos Negócios Estrangeiros e mais de 50 ministros da Economia.

Além da guerra da Ucrânia, estarão em foco questões relacionadas com a pandemia e com as alterações climáticas. "Precisamos de uma coligação de líderes comprometidos com soluções climáticas. O mundo está ansioso por ver soluções", afirmou Schwab.

A economia terá igualmente a atenção de Davos, numa altura em que vários países se debatem com uma inflação cada vez mais elevada, com a interrupção do fornecimento de cereais da Ucrânia devido ao bloqueio russo de carregamentos no Mar Negro, à desconfiança dos investidores e às consequências sociais da pandemia.

Para falar destes temas, o Fórum de Davos vai contar com responsáveis do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de alguns bancos centrais.

(Notícia atualizada com presença portuguesa em Davos)

Com Lusa

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