Fundo da Faber com 32 milhões para a economia azul investe na alemã Fuelsave

Faber Blue Pioneers superou as previsões de financiamento iniciais e já investiu na <em>cleantech</em> alemã Fuelsave. Outros investimentos em fase de conclusão serão realizados nas próximas semanas, segundo a sociedade de capital de risco portuguesa.
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A sociedade de capital de risco portuguesa Faber anunciou esta segunda-feira que o seu fundo especializado em deep tech para a sustentabilidade dos oceanos e ação climática superou o montante inicial previsto de 30 milhões de euros e fechou (first close) nos 32 milhões. O Faber Blue Pioneers I já realizou o seu primeiro investimento na empresa alemã de cleantech, Fuelsave, tendo ainda "mais investimentos no pipeline em fase de conclusão que irão ser realizados durante as próximas semanas", segundo a nota enviada à imprensa.

"É com um enorme orgulho que anunciamos o first close do Faber Blue Pioneers I acima do objetivo inicial com um conjunto notável de investidores, que se juntam à nossa forte convicção de que a ciência e os empreendedores podem acelerar a inovação e ter impacto positivo na sustentabilidade dos oceanos e na ação climática. É, igualmente, com uma enorme satisfação que damos as boas-vindas à Fuelsave ao portfolio do fundo, por acreditarmos que a sua equipa irá abrir o caminho para a descarbonização da indústria marítima", afirma Alexandre Barbosa, managing partner da Faber, citado em comunicado.

Anunciado no final do ano passado, o fundo conta com o Fundo Europeu de Investimento (FEI) e o Portugal Blue no seu painel de investidores, assim como com a Sociedade Francisco Manuel dos Santos (através do seu braço de investimento Movendo Capital), a Builders Initiative (o braço filantrópico da Builders Vision, uma plataforma de impacto fundada por Lukas Walton dedicada à construção de um planeta mais humano e saudável e com uma estratégia de investimento nos oceanos), a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Champalimaud. Somam-se ainda os empreendedores de sucesso Peter Rive (cofundador da SolarCity, CEO Aqualink e presidente da Sofar Ocean Technologies) e Pedro Bizarro (cofundador e chief science officer da Feedzai). A sociedade de capital de risco diz esperar amplificar a sua rede de investidores até ao final do ano.

A equipa de gestão do primeiro fundo de venture capital do sul da Europa especializado em deep tech para a economia azul e ação climática é liderado por Rita Sousa e Carlos Esteban (partners) e por Bruno Ferreira (venture partner), contando com uma "estreita colaboração" de uma rede de especialistas, em que se incluem o conselheiro estratégico Tiago Pitta e Cunha (CEO da Fundação Oceano Azul) e os conselheiros científicos Susana Moreira e Joana Moreira da Silva (investigadores de Ciência e Inovação do Ciimar).

"O fundo tem a ambição de investir num portfólio de 20 a 25 empresas em fase inicial, que desenvolvam soluções inovadoras de alta tecnologia com ambição global, em áreas como a biotecnologia azul, inovação alimentar, tecnologias para a limpeza dos oceanos ou a descarbonização de múltiplas indústrias, com um claro contributo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 13 e 14 da ONU", adianta a Faber no comunicado.

Até à data do first close, a equipa de investimento especializada (baseada entre Lisboa e Barcelona) afirma já ter analisado mais de 600 startups de toda a Europa, "com especial destaque para aquelas que estão a arrancar na Península Ibérica ou noutras geografias e que procuram o parceiro certo para estender as suas operações a Portugal".

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