A limehome chegou a Portugal este ano e já investiu dois milhões de euros. A gestora de apartamentos turísticos entrou no país com os olhos postos em Lisboa, Porto´e Évora, mas foi na Invicta que arrancou a atividade e onde nesta altura gere 200 apartamentos. Na capital e na cidade alentejana tem cerca de 100 unidades sob a sua alçada. .“Os nossos primeiros edifícios foram no Porto. Embora o foco inicial incluísse Lisboa, Porto e Évora, as primeiras oportunidades surgiram nesta cidade, onde começámos a operar no início do ano. Identificamos um grande potencial de crescimento no Porto para o futuro”, adianta ao DN/Dinheiro Vivo Ricardo Fernandez, diretor-geral da limehome para Espanha e Portugal..Ricardo Fernandes, diretor-geral da limehome para Espanha e Portugal..A empresa de origem alemã quer reforçar a presença no Norte e está a avaliar mais localizações. “Estamos a avaliar novos edifícios no Porto e em Matosinhos, onde identificamos oportunidades para projetos de maior dimensão. Também estamos a trabalhar cidades como Braga, Guimarães e Viana do Castelo, entre outros destinos com grande potencial”, afirma o gestor da limehome, empresa que marca presença em 12 países europeus..Mas a ambição é mais vasta: “Temos como objetivo expandir para outras localidades, como Coimbra, Aveiro, Algarve, entre outras. O nosso modelo tem sido bem recebido por clientes internacionais e locais, incentivando-nos a crescer nessas regiões”, diz Ricardo Fernandez. O objetivo “é alcançar os 1500 apartamentos em Portugal até 2027. Esta meta inclui projetos de reconversão de escritórios, desenvolvimentos em curso ou ainda por iniciar, bem como a operação de edifícios existentes, onde podemos otimizar a gestão através do nosso modelo e tecnologia”, acrescenta. A atividade da limehome tem duas vertentes, explica Ricardo Fernandez. “Dentro do setor hoteleiro, existem duas áreas bem distintas: a imobiliária, onde a limehome desempenha um papel mais passivo, atuando como consultora e partilhando a sua experiência na aquisição de imóveis, obtenção de licenças e reformas; e a operação diária, que é o núcleo da nossa atividade.”.Ou seja, a Limehome identifica oportunidades de investimento, mas não investe na aquisição. “Não temos a propriedade dos imóveis, arrendamos edifícios inteiros a longo prazo (entre 15 e 25 anos) aos proprietários, o que nos permite operar sem necessidade de adquirir propriedades”..A limehome trata das licenças e reconverte os espaços em apartamentos turísticos - tendo para isso uma equipa de arquitetos -, mas o financiamento vem de investidores e parceiros. “Trabalhamos em estreita colaboração com fundos de investimento, proprietários, family offices, promotoras e outros agentes do mercado imobiliário para desenvolver projetos à medida, num processo similar ao que faz uma cadeia hoteleira”, diz Ricardo Fernandez..Uma das apostas da empresa são os imóveis comerciais. “A reconversão de escritórios é uma oportunidade estratégica na Europa, onde muitos edifícios e terrenos estão subutilizados devido às mudanças nas dinâmicas laborais dos últimos anos, que resultaram em muitos escritórios desocupados”, diz a empresa. E em Portugal há uma vantagem: “Em Portugal, um fator crucial é que o uso de escritórios é compatível com a regulamentação aplicável a empreendimentos turísticos, simplificando os processos burocráticos face à adaptação de edifícios residenciais. Isso torna as reconversões mais rápidas e atrativas do ponto de vista legal e operacional”, diz Ricardo Fernandez..Mas o core da atividade da limehome é a gestão dos apartamentos e a mais-valia que a empresa diz aportar é a tecnologia. “A limehome integra uma forte componente tecnológica em todos os seus processos, desde o atendimento ao cliente e check-in digital até à gestão operacional e administrativa, otimizando a experiência tanto para os nossos hóspedes como para os proprietários”.