O estudo Deloitte Resilience Report 2021 foi feito em 21 países, Portugal incluído. O inquérito questionou líderes com cargos de administração sobre diversos fatores, nomeadamente sobre a confiança que têm para se adaptarem rapidamente a disrupções e com que frequência acreditam que fortes mudanças possam vir a acontecer.
O inquérito conclui que a maioria dos líderes a nível global acredita que as disrupções vieram para ficar: 60% dos líderes de C-Level (CXO) consultados pela Deloitte a nível global indicam que provavelmente, assistiremos a ais fenómenos disruptivos. E, apesar de acreditarem na frequência, menos de um terço diz estar totalmente confiante de que as organizações se possam adaptar rapidamente e responder a ameaças futuras.
Já em Portugal, cerca de metade dos inquiridos afirma que a Covid-19 teve um impacto muito negativo para o seu negócio ao longo do ano passado. Também o investimento foi afetado negativamente: 20% dos líderes em Portugal aponta para um impacto muito negativo e 33% para um impacto negativo.
No entanto, para 2021, os CEO em Portugal estão relativamente otimistas em relação ao tema do impacto da Covid-19 no volume de negócios. Dentro de três meses, 53% espera um impacto neutro. Já no espaço de 12 meses, 53% espera vir a atingir um aumento do volume de negócios na ordem dos 25%.
Menos otimista é a visão para a dimensão das equipas. Em relação a 2020, 60% dos líderes inquiridos em Portugal considera que a pandemia afetou negativamente o número de trabalhadores. Para os próximos três meses, cerca de um quarto dos CEO prevê uma redução de 25% no número de trabalhadores. Dentro de 12 meses, a situação poderá ser agravada, indicam os dados da Deloitte: quase metade dos líderes inquiridos prevê uma redução de 25% do número de trabalhadores.
Líderes portugueses mais otimistas perante a evolução da economia
O inquérito da Deloitte aponta que, em Portugal, os líderes portugueses estão mais otimistas em relação à evolução da economia ao longo de 2021, comparando com o ano passado (47%). No entanto, 40% acredita que 2021 será um ano de contração económica em Portugal.
Da parte do Estado, os líderes empresariais esperam sobretudo que haja uma modernização e digitalização administrativa dos serviços (80% considera como muito prioritária). Já 73% aponta como prioridade o acesso a fundos e ainda a alteração das políticas fiscais.