O Governo vai avançar com o leilão de hidrogénio em janeiro de 2022, depois de a operação ter estado marcada para abril deste ano mas não ter avançado.
A garantia foi dada pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, ao Eco/Capital Verde.
"Estamos a configurar o que que poderá ser um leilão de hidrogénio para o próximo ano. Dê-nos um ou dois meses para ver como é que isto evolui. Estamos a trabalhar para isso e no início de janeiro quando for público o aviso do Fundo Ambiental vai haver o valor para o leilão de hidrogénio", disse o ministro.
Explicou que "os 60% das verbas dos leilões CELE (licenças de emissão de carbono) a colocar no sistema elétrico nacional, seriam com base no pressuposto de haver sobrecusto, mas como há sobreganho (nas renováveis), temos uma folga grande para os leilões do hidrogénio".
Segundo o Eco, estará a leilão uma certa quantidade de hidrogénio, ainda por definir, sendo que, de acordo com a Estratégia Nacional para o Hidrogénio, para este primeiro leilão a quantidade de hidrogénio verde a concurso será de meia quilotonelada, para uma incorporação na rede de gás natural de aproximadamente 0,1%.
Em relação aos preços, "o mecanismo do leilão vai pagar a diferença entre um determinado preço atingido em licitação e o preço de carbono existente no mercado".
O ministro assegurou que produzir hidrogénio verde é hoje mais barato do que utilizar gás natural e que face ao preço - acima dos 100 euros por MWh a que tem estado o gás natural na Europa - o hidrogénio verde não precisa de apoios para ser produzido.