O Governo só apresenta na segunda as medidas de apoio às famílias, para que estas consigam fazer face à inflação. Mas, de acordo com o jornal Negócios, o Executivo está mesmo a preparar-se para anunciar um complemento para os pensionistas, que deverá ser pago até ao final do ano.
Sem adiantar pormenores - que ainda estarão a ser ultimados pelo Governo - aquele diário explica que esta medida não vai impedir o aumento extraordinário das pensões em 2023. O que está ainda por esclarecer é que este extra impactará nessas contas.
Para além desta ajuda, António Costa, irá ainda anunciar um apoio de dois mil milhões de euros (cerca de 1% do PIB) para apoiar as famílias. O valor foi avançado pelo jornal Inevitável e confirmado pelo Negócios.
Este pacote prevê mexidas no IRS e também no IVA de alguns produtos, de forma a descer a receita fiscal. Por outro lado existirão apoios para famílias com menos rendimentos e que não beneficiam dessas mexidas no IRS.
Estes apoios irão acontecer de forma a não afetar a meta do défice estabelecida pelo Governo. Ou seja, o primeiro-ministro pode escudar-se no excedente orçamental e nos dois mil milhões de euros em receita fiscal extra que entraram nos cofres do Governo.
Por seu turno, o jornal Público, adianta que apesar das medidas para as empresas só serem apresentadas mais tarde, que António Costa não vai avançar com a tributação dos lucros extraordinários. Apesar de outros países europeus terem adotado a medida - apoiada em algumas esferas do PS - o primeiro-ministro rejeita-a. Em alternativa, o Governo quer falar com as empresas para negociar reinvestimentos ou outras obrigações sociais, sem aumentar a carga fiscal.