A Greenvolt registou um prejuízo de 2,7 milhões de euros no primeiro trimestre, anunciou a empresa de energias renováveis, prometendo “uma melhoria significativa da atividade e da rentabilidade ao longo do ano”..A empresa, liderada por João Manso Neto, apontou o dedo aos “preços baixos da eletricidade no Reino Unido, penalizando o segmento da biomassa, e ausência de operações de rotação de ativos” de geração de energia..Estes fatores “levaram o resultado líquido atribuível à Greenvolt, excluindo o efeito das operações descontinuadas, a cifrar-se em 1,5 milhões de euros negativos, sendo o resultado líquido total atribuível ao grupo de menos 2,7 milhões de euros”, indicou em comunicado..A empresa disse que as receitas totais subiram quase 60%, para 101,6 milhões de euros, enquanto o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) caiu 21%, para 18,7 milhões de euros..Na mesma nota, a Greenvolt defendeu que os resultados do primeiro trimestre não representam as expectativas (…) para o conjunto de 2024, antecipando-se uma melhoria significativa da atividade e da rentabilidade ao longo do ano”..Apesar dos prejuízos, a empresa destacou o “forte crescimento do segmento de ‘utility scale’ e da geração distribuída”, assim como a aquisição de uma central de biomassa com uma capacidade de 28 megawatts de eletricidade e 25 megawatts térmicos de calor..Manso Neto disse que “em Portugal, a meteorologia acabou por afetar a geração de energia” e na Alemanha foram sentidas “condições meteorológicas adversas que forçaram o adiamento dos trabalhos nos projetos da MaxSolar”, acrescentou..A empresa mudou de mãos no início de junho, depois do lançamento de uma oferta pública de aquisição por parte da Kohlberg Kravis Roberts & Co (KKR), que já garantiu uma posição de 82% na empresa.."A robustez financeira ímpar conferida pela KKR" dá à Greenvolt "um apoio vigoroso" para "mais e melhores oportunidades de investimento", defendeu Manso Neto, na nota..A oferta de compra da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo a Autoridade da Concorrência dado 'luz verde' à operação no final de fevereiro.