Groundforce: "Balão de oxigénio" gerado por acordo com a TAP dará para máximo de 2 meses

Alfredo Casimiro confirma que há um princípio de acordo com a TAP para a venda de equipamentos, no valor de sete milhões de euros. Dinheiro deverá dar para dois meses.
Publicado a

A Pasogal de Alfredo Casimiro - que detém uma participação de 50,1% na Groundforce - admite que há já um princípio de acordo com a TAP - que detém uma participação de 49,9% na companhia de handling - para a venda de equipamentos.

"Confirmo que assinamos uma carta de princípio de entendimento entre o Conselho de Administração da TAP SA e da Groundforce para a venda dos equipamentos de forma a conseguirmos desbloquear uma verba aproximadamente de sete milhões de euros para podermos de imediato fazer face ao pagamento de salários, o que nos criará um balão de oxigénio que terá a sua duração máxima de cerca de dois meses", respondeu Alfredo Casimiro a perguntas do CDS-PP, durante uma audiência parlamentar sobre a Groundforce.

Alguns minutos antes do início da audição parlamentar, que começou por ouvir várias organismos representantes dos trabalhadores, a Pasogal emitiu um comunicado em que dava conta de um principio de acordo. "A Groundforce e a TAP chegaram, há minutos, a um entendimento que desbloqueia provisoriamente o impasse na empresa. O acordo alcançado agrada à Groundforce, até porque é muito semelhante ao que a empresa propôs desde o início. A Groundforce está, naturalmente, satisfeita por ter sido possível encontrar uma solução que permita pagar os salários aos trabalhadores e pôr fim à angústia de 2400 famílias", pode ler-se num comunicado da Pasogal enviado esta quinta-feira às redações.

O documento dizia ainda que "resolvida a urgência, a Groundforce continuará a empenhar os seus melhores esforços, certamente com o apoio dos acionistas PASOGAL e TAP, no sentido de resolver a questão de fundo. É preciso criar as condições para que a empresa possa desenvolver tranquilamente a sua atividade, como aconteceu nos últimos 8 anos, preservando os postos de trabalho e o valor criado"

"A Groundforce acredita que, depois destas difíceis semanas, contará com a celeridade das entidades oficiais para a concretização do empréstimo com o aval do Estado que permitirá recuperar, de forma definitiva, o normal funcionamento da empresa", acrescentava.

(Notícia atualizada)

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt